Jornalista que fez sexo durante reportagem diz que foi consentido: “não foi acidental”

“Fazia parte da minha estratégia fazer uma reportagem o mais genuíno e próximo possível da realidade. Eu queria levar os ouvintes o mais perto possível do clube de swing”, disse a repórter

Louise Fischer - Foto: Reprodução/Instagram
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A jornalista Louise Fischer, de 26 anos, da pequena cidade de Ishoj, na Dinamarca, ganhou notoriedade em vários países depois de ter feito sexo com um homem que era entrevistado por ela, durante reportagem sobre a reabertura de um clube de swing.

Em entrevista exclusiva ao Page Not Found, no Extra, a jornalista da Radio4 afirmou que não ultrapassou os limites éticos do jornalismo. “Participar ativamente da reportagem é comum na Dinamarca”, justificou Louise.

Em um os trechos da entrevista, ela disse: “Eu tinha uma ideia de que faria sexo, mas não queria que fosse algo obrigatório. Eu queria fazer isso se fizesse sentido para a reportagem. Então, tomei minha decisão final de fazer sexo quando estava no clube de swing e quando comecei a falar com as pessoas e percebi como elas são tímidas. Foi porque topei a atividade sexual que eles toparam falar comigo mais abertamente e também dessa forma os ouvintes puderam ter uma experiência plena da noite de reabertura no clube”.

Louise afirmou que a relação sexual que manteve “não foi acidental. Fazia parte da minha estratégia fazer uma reportagem o mais genuíno e próximo possível da realidade. Eu queria levar os ouvintes o mais perto possível do clube de swing e das pessoas. Queria que os ouvintes sentissem como se estivessem lá”.

Vida agitada

Louise destacou que sua vida ficou mais agitada depois da reportagem. “Os primeiros dias depois foram exatamente os mesmos de sempre. Foi apenas mais uma experiência divertida. Mas depois que a mídia dinamarquesa e internacional quis me entrevistar, eu tenho estado bem ocupada. Eu disse sim a todas as entrevistas e a mídia de todo o mundo me contatou. E as minhas redes sociais explodiram com pessoas que querem me seguir e me parabenizar. E recebi muitas ofertas de emprego. Além disso, essa experiência me fez refletir sobre a minha vida e o meu trabalho como jornalista. Agora, estou muito mais confiante em mim mesma e tenho novos objetivos como jornalista”.

Questionada sobre como seus colegas de trabalho reagiram à reportagem, ela ressaltou: “Eles me apoiam 100%. Todos eles foram muito legais e me deram um feedback muito bom. Eles acham que foi muito legal da minha parte fazer aquilo. Não sinto nenhum preconceito. Algumas pessoas me criticaram ou criticaram a reportagem, mas foram apenas algumas. Quase todos tiveram reação positiva”.