Jornalista venezuelano desmonta farsa da mídia e aponta derrota de Guiadó e Trump

O editor da Fórum, Renato Rovai, chega em Caracas, neste domingo, de onde enviará relatos atualizados sobre a situação no país

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Em artigo sobre a crise, publicado neste sábado (23), no site Resumén Latino-Americano, o jornalista venezuelano Carlos Aznárez desmonta as tentativas da mídia internacional de gerar um grande fato no país, com a entrada da propalada “ajuda humanitária”. Ele afirma “ter chegado o que muitos definiram como o ‘Dia D’, onde o infame boneco chamado Juan Guaidó entraria com todas as honras ao Palácio de Miraflores”, escreveu. Aznárez adverte, no entanto, “que eles fracassaram novamente. Nem na área de fronteira com a Colômbia nem na fronteira com o Brasil e menos ainda na rota marítima. “Também não conseguiram mobilizar estes 600 mil (sic), que havia anunciado Guaidó”. O que acabou acontecendo, diz o jornalista, “é que a manifestação se limitou a um pequeno grupo agressivo de bandidos contratados”. Aznárez lembra ainda o incidente do “roubo dos tanques na ponte que conduz a Cúcuta, que terminou com a deserção de um pequeno grupo de guardas que não só passou para o inimigo, mas mostraram um perfil criminoso. Os covardes atacaram dezenas de cercos que fechavam o local, ferindo um cinegrafista chileno e uma policial bolivariana leal”, recorda. “Mais tarde”, segue o jornalista, “a farsa seria repetida ao tentarem entrar com alguns caminhões com a famosa ‘ajuda’. No momento em que eles rolavam sobre a ponte, foram incendiados por um grupo que jogou gasolina nos veículos enquanto eram filmados e fotografados por muitos repórteres. Mas, como a mídia hegemônica é o violento posto avançado do envenenamento em massa, eles inventaram outra matriz mentirosa, acusando o chavismo de gerar o fogo. Os incendiários seriam os membros da Guarda Nacional Bolivariana, que estava localizada muito, muito longe dos fatos, dos culpados e dessa ação desajeitada”, adverte o jornalista. A seguir, Aznárez faz uma grave denúncia: “O que eles não dizem é que os bandidos ‘contratados’ pela oposição ligada a Guaidó e protegidos pela polícia colombiana (há vídeos nas redes como prova) se sentiram traídos, pois não foram pagas as ‘taxas’. Assim, uma turba encapuzada e outras pessoas com os rostos à mostra deram uma boa surra nos ‘contratantes’. Foi o caso do deputado Olivares, que levou soco no rosto e na cabeça aos gritos de ‘ladrões, paguem o que prometeram’”, conta. Aznárez relata que a mídia internacional “também não contou a verdade sobre o que aconteceu no extremo oposto do colombiano da ponte Simon Bolivar, onde milhares se reuniram para defender os patriotas bolivarianos. Eles foram agredidos por pedras, tiros e coquetéis molotov. Algumas das pessoas atacadas fazem parte da lista de 42 feridos, dois deles com balas e três com queimaduras graves”, disse. O jornalista conta também que “uma ‘onda vermelha’ cobriu a avenida Urdaneta de uma ponta à outra, em Caracas, para ouvir o presidente Nicolás Maduro e mostrou ao mundo que a Venezuela, além de viver em paz e normalidade, conta com milhões de pessoas que estão construindo o escudo que protege esse enorme processo libertador”, disse. O jornalista anunciou também que, neste domingo (24), delegações de movimentos sociais de todo o mundo vão inaugurar a Assembleia Internacional dos Povos. “Entre eles podem ser vistos sul-africanos da união NUMSA dos metalúrgicos, que dançam suas danças se apoio à Venezuela, ao lado de brasileiros que gritam 'Lula Livre', argentinos protestando contra Macri e até mesmo um jovem basco abraçado às suas bandeiras nacionais. Uma festa na cidade, que comemorou mais uma vitória contra esta nova tentativa do império mais terrorista que a humanidade já sofreu”, encerra. O editor da Fórum, Renato Rovai, chega em Caracas, neste domingo (24), de onde enviará relatos atualizados sobre a situação no país.