Justiça do Reino Unido adia julgamento sobre extradição de Assange para 14 de junho

Departamento de Justiça dos Estados Unidos diz que apresentará uma nova testemunha contra Assange: um cidadão islandês que afirma ter sido parte do círculo íntimo do ativista, antes de abandonar o WikiLeaks para ser informante do FBI

Julian Assange (Foto: Reprodução)
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O portal de informações WikiLeaks noticiou nesta sexta-feira (7), através de suas redes sociais, que a audiência na qual a Justiça britânica decidirá o futuro do seu fundador, o ativista australiano Julian Assange, foram adiadas para dia 14 de junho.
Além disso, o Tribunal de Belmarsh, na cidade de Londres, onde está sendo avaliado o caso, também reportou que o Departamento de Justiça dos Estados Unidos apresentará uma nova testemunha contra Assange: trata-se de um cidadão islandês chamado Sigurdur Thordarson, que afirma ter sido parte do círculo íntimo do ativista, antes de abandonar o WikiLeaks, para ser informante do FBI (em 2011). Segundo um comunicado publicado pelo portal, Thordarson é um "sociopata, estelionatário convicto e delincuente sexual, que foi envolvido em uma operação de acosso ao nosso trabalho, por parte da inteligência estadunidense". Vale lembrar que, em sua decisão, o Tribunal de Belmarsh terá que avaliar se aceita ou não dois pedidos paralelos de extradição: um por parte do governo dos Estados Unidos, por delito de atentado contra os interesses nacionais e cyberterrorismo, e outro da Justiça da Suécia, país onde ele é acusado de estupro. Também vale lembrar que a investigação sobre Assange na Suécia havia sido arquivada em 2017, mas foi reiniciada semanas atrás, após a sua captura - depois de sete anos em que o ativista permaneceso asilado na Embaixada do Equador, em Londres. Além desses dois possíveis destinos, Assange também tem uma sentença de 50 semanas de prisão imposta pela Justiça do Reino Unido, pelo crime de violação das condições de liberdade. Com informações da TeleSur e do WikiLeaks.