Lula encerra giro pela Europa com Pedro Sánchez, presidente do governo da Espanha; veja vídeo

As agendas do ex-presidente com importantes lideranças políticas têm sido comparadas com o isolamento de Bolsonaro no mundo, especialmente na União Europeia

Lula e Pedro Sánchez. Foto: Ricardo Stuckert
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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva encerrou seu giro pela Europa na manhã desta sexta-feira (19), no Palácio de Moncloa, em Madri, onde foi recebido pelo presidente do governo da Espanha, Pedro Sánchez.

A viagem de Lula (PT) à Europa se tornou um dos principais assuntos políticos da semana. O ex-presidente tem mostrado que ainda possui forte prestígio internacional e, inevitavelmente, suas agendas com importantes lideranças políticas têm sido comparadas com o isolamento do presidente Jair Bolsonaro no mundo, especialmente na União Europeia.

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Lula afirmou que teve “importante diálogo com o presidente do governo da Espanha, Pedro Sánchez hoje em Madrid. Falamos sobre a integração europeia e da América Latina, além da importância das relações Brasil Espanha”.

“Também conversamos sobre nossas experiências na construção de políticas públicas de combate à desigualdade. E dividimos a preocupação com o tema das mudanças climáticas e a importância da solidariedade entre as democracias no enfrentamento ao avanço da extrema direita”, disse o ex-presidente.

https://twitter.com/lulaoficial/status/1461663257865994249?s=24

Viagem de estadista

Desde que chegou ao Velho Continente, na última semana, Lula teve mais encontros com lideranças políticas do que Bolsonaro teve, por exemplo, durante toda a sua passagem por Nova York para a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), ocasião em que, para muitos, o presidente passou vergonha. O ex-mandatário, durante as agendas, não tem economizado críticas ao governo, denunciando o negacionismo do titular do Planalto no âmbito da pandemia, a volta da fome no Brasil e a antipolítica ambiental do chefe do Executivo.

O petista, logo nos primeiros dias de viagem, se reuniu e arrancou elogios do provável futuro chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, discursou e foi aplaudido de pé no Parlamento Europeu, tendo se reunido ainda com a vice-presidente da casa legislativa, teve uma recepção calorosa na França, onde foi agraciado com o prêmio Coragem Política, da revista Politique Internationale, e almoçou com a prefeita de Paris, Anne Hidalgo.

Encontro com Macron

O ápice da viagem, no entanto, se deu ao encontrar, para além das lideranças regionais, um chefe de Estado: Emmanuel Macron, presidente da França, que por sinal é desafeto de Bolsonaro. O ex-presidente brasileiro foi recebido com pompa pelo mandatário francês, com direito a honrarias e marcha da Garde Républicaine, protocolo típico utilizado para receber chefes de Estado. Lula ainda tem reunião marcada com o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez.

Enquanto tudo isso acontecia, Bolsonaro passeava com uma grande comitiva nos Emirados Árabes, onde, sem reuniões importantes, chegou a fazer uma “motociata”. Isso pouco depois de ir à Itália e ficar “perdido” no âmbito da reunião do G20.