Maduro anuncia rompimento de relações diplomáticas com a Colômbia

Maduro fez um discurso inflamado de cerca de uma hora para uma multidão em Caracas, no qual também criticou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e disse que quer comprar produtos do Brasil, pois os venezuelanos não são "mendigos"

Nicolás Maduro - Foto: Divulgação
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O presidente da Venezuela anunciou neste sábado (23) o rompimento das relações diplomáticas com a Colômbia. Ele também deu um prazo de 24 horas para que o corpo diplomático do país vizinho deixe a Venezuela. Maduro fez um discurso inflamado de cerca de uma hora para uma multidão em Caracas, no qual também criticou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e disse que quer  comprar produtos do Brasil. Ele questionou ainda por que Juan Guaidó, que se autoproclamou presidente, não convocou eleições. "Eu tive uma grande paciência. A paciência que tenho é porque amo o povo de Colômbia. Mas a paciência se esgotou. Não podemos seguir suportando que se empreste o território colombiano para uma agressão à Venezuela. Por isso decidi romper todas as relações políticas e diplomáticas com o governo fascista da Colômbia. Os cônsules devem sair em 24 horas da Venezuela", afirmou Maduro sobre a Colômbia. Sobre Trump, disse que o presidente dos Estados Unidos odeia os latino-americanos.  “Donald Trump odeia a Venezuela e os povos latino-americanos e caribenhos. Por isso, ele quer construir um muro lá... E quer tirar toda a nossa riqueza: o ouro, o petróleo, o gás”, acusou. Em relação à ajuda humanitária brasileira, disse que "podemos comprar arroz, açúcar, carne, o que o Brasil quiser nos vender. Não somos mendigos de ninguém". Por fim, criticou Juan Guaidó, a quem chama de "presidente fantoche", afirmando que, quando assumiu a presidência após a morte de Hugo Chávez, convocou eleições em obediência à Constituição. "O que conseguiram nesses 30 dias de presidente fantoche? Por que não convocaram eleições presidenciais, se têm o poder? As eleições deveriam ser hoje, em 30 dias. É o que manda a Constituição", declarou.