Maduro pede que Biden supere "demonização" contra Venezuela

Inspirado em discurso do presidente dos EUA, o mandatário venezuelano pregou uma "retificação profunda" na relação entre os países

Foto: Prensa Presidencial Venezuela
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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, comentou sobre a posse do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, nesta quarta-feira (20) durante o Prêmio Nacional de Cultura. O mandatário venezuelano comentou sobre a posse do estadunidense e voltou a pregar uma aproximação entre os países.

“Me chamou a atenção que o presidente Joe Biden falou sobre a 'demonização' que fizeram a eles [Democratas]. Eles pediram para superarmos a demonização que os supremacistas e a extrema direita fizeram das forças políticas lideradas por Biden, então pensei 'podemos fazer o mesmo'. Peço ao governo dos EUA para superar a demonização que fizeram da revolução bolivariana", disse Maduro.

A declaração sobre "demonização" foi dada por Biden durante seu discurso da vitória, em novembro. "Que esta era sombria de demonização nos EUA comece a acabar aqui e agora. Prometo ser um presidente que irá unir e não dividir. Que não verá estados vermelhos nem azuis, mas os Estados Unidos", disse na ocasião.

Nesta quarta, o presidente venezuelano pediu para "virar essa página de tanta mentira, tanta manipulação, tanto ódio contra a Venezuela depois de quatro anos de crueldade trumpista".

"Queremos melhorar nosso relacionamento com os Estados Unidos, mas com base no respeito e no reconhecimento mútuo", completou. O mandatário defendeu uma "retificação profunda" na relação entre os países.

Juan Guaidó

Segundo a agência Reuters, o secretário de Estado escolhido por Biden, Antony Blinken, afirmou nesta quarta que o novo governo deve reconhecer o ex-deputado Juan Guaidó como "presidente da Venezuela".

Guaidó está entre os oposicionistas que decidiram pregar a abstenção nas eleições legislativas de dezembro. Com isso, acabou não se reelegendo para uma cadeira na Assembleia Nacional (AN) e nem mesmo esse cargo ele agora possui para se autodenominar “presidente interino da Venezuela”. Desde janeiro 2020, Guaidó não era nem mesmo o presidente da AN.

A União Europeia já indicou que deve deixar de reconhecer a aventura de Guaidó.

Com informações do Venezuela Al Dia e do RT