Maradona: Argentina se prepara para um adeus épico comparável a Gardel e Evita Perón

O que vai acontecer nas próximas horas ficará guardado para sempre na memória da Argentina e do mundo

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O Diário El Argentino deu a senha para a dimensão histórica que tem para o país a despedida do jogador Diego Armando Maradona. De acordo com texto do jornal, mesmo antes da organização dos detalhes finais para a sua despedida, a Argentina enfrentará - em meio à pandemia mais letal do século passado - um rastro de dimensões históricas que só encontrará comparação possível com os funerais de outras grandes figuras populares do país.

A lista, para o jornal, só é comparável a figuras como Hipólito Yrigoyen, Juan Domingo Perón, Raúl Alfonsín e Néstor Kirchner, além do cantor Carlos Gardel, o boxeador Rodrigo Bueno e Eva Perón

Embora ainda permaneçam detalhes de sobre como será organizada a despedida final de Diego Maradona, da Casa Rosada até a sua morada final, a Argentina enfrentará - em meio à pandemia mais letal do século passado - um rastro de dimensões históricas que só encontrará comparação possível com os funerais de outras grandes figuras populares do país.

Esses grandes atos, marcados pela dor e pela angústia, serviram para que centenas de milhares de pessoas, ao longo do tempo, pudessem se despedir de figuras esportivas, culturais e políticas que se sentiam próprias e que tiveram fez querer.

Essa lista é composta principalmente por políticos do sexo masculino da estatura de Hipólito Yrigoyen, Juan Domingo Perón, Raúl Alfonsín e Néstor Kirchner, mas também se destacam dois cantores, um boxeador e uma mulher da política: Carlos Gardel, Rodrigo Bueno e, é claro, Eva Perón.

Gardel morreu em 1935, em um acidente de avião em Medellín, Colômbia. Seu caixão demorou vários meses para chegar a Buenos Aires. Veio de barco, passou por Nova Yorque e depois se dirigiu ao Rio da Prata, onde foi recebido por uma multidão que alternava o silêncio com canções do ídolo.

Eva Perón morreu em 1952, aos 33 anos, vítima de câncer no útero. A “Porta-estandarte dos humildes”, como era conhecida, teve um dos maiores velórios da história nacional. Foram mais de duas semanas na sede do Ministério do Trabalho e Previdência Social, atual Câmara de Buenos Aires.

De lá, o caixão foi levado em procissão e em silêncio absoluto para o Congresso Nacional e depois para a sede da CGT na Rua Azopardo, onde havia sido planejado um mausoléu que seria guardado por trabalhadores.

O mausoléu de sua família, no cemitério da Recoleta, em Buenos Aires, onde estão os seus restos mortais, é um dos grandes pontos turísticos da cidade.

De certa forma, Maradona talvez seja o maior ídolo de seu país de todos os tempos, tanto por conta da dimensão do futebol para os argentinos, quanto pelo seu gênio controverso.

Uma coisa é fato. As próximas horas ficarão guardadas para sempre na memória da Argentina e do mundo.