México investiga compra de crianças migrantes para facilitar entrada nos EUA

Alguns homens migrantes com algo mais de dinheiro têm oferecido dinheiro às mulheres solteiras com filhos. Acreditam que, ao levar uma criança pequena, aumentam as possibilidades de uma entrada mais segura nos Estados Unidos. Também foram denunciados casos de homens que roubaram as crianças

Reprodução/La Jornada
Escrito en GLOBAL el
Segundo relatado por diretores de refúgios para migrantes e autoridades policiais do Estado de Tijuana, no México, alguns homens estão oferecendo dinheiro para mulheres pobres em condição vulnerável para que vendam seus bebês, e que esses sejam usados para facilitar a entrada nos Estados Unidos. Inscreva-se no nosso Canal do YouTube, ative o sininho e passe a assistir ao nosso conteúdo exclusivo Segundo informação do jornal mexicano La Jornada e da agência alemã DPA, alguns homens migrantes com melhores condições financeiras têm oferecido dinheiro às mulheres migrantes solteiras e com filhos que vivem nos refúgios. Acreditam que, ao levar uma criança pequena, aumentam as possibilidades de uma entrada mais segura nos Estados Unidos. Também foram denunciados casos de homens que roubaram as crianças, especialmente das mulheres que participam de caravanas migratórias provenientes da América Central, segundo as autoridades fronteiriças estadunidenses, que passaram a trabalhar junto com a polícia de Tijuana. Segundo o La Jornada, alguns passos fronteiriços mantém os migrantes capturados na fronteira com filhos detidos somente por alguns dias, e depois são liberados, enquanto os adultos solteiros podem passar meses na prisão até que se determine o seu destino, que pode ser a liberdade ou a deportação. Tal situação tem piorado bastante a vida das mulheres solteiras em Tijuana. A hondurenha Antonia Portillo Cruz, que vive em Tijuana, diz que "não posso trabalhar, porque sou mãe solteira e não tenho com quem deixar meus filhos, e não posso deixá-los sozinhos, pelo medo de que sejam roubados”. Ela também relata que já viu alguns homens abordando outras mulheres no refúgio de migrantes e tentando comprar crianças, mas que nenhum chegou a falar diretamente com ela sobre isso. Segundo Antonia, as ofertas variam em torno dos 350 dólares.