Milícia digital bolsonarista se esforça no francês e no inglês para atacar Twitter de Macron

"Macron não deu conta da Catedral de Notre Dame e quer cuidar da Amazônia" e acusações de neocolonialismo foram alguns dos comentários que o presidente francês recebeu nesta segunda-feira (26), ao tuitar em defesa da floresta

Foto: Montagem
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Depois de seus posicionamentos críticos à postura do presidente Jair Bolsonaro (PSL), a quem acusa de mentir a respeito de seus compromissos com o meio ambiente, o presidente francês Emmanuel Macron se tornou alvo de ataque da milícia digital bolsonarista nas redes sociais, que tem se esforçado no inglês e no francês para atingir o presidente. Se você curte o jornalismo da Fórum clique aqui. Em breve, você terá novidades que vão te colocar numa rede em que ninguém solta a mão de ninguém Nesta segunda-feira (26), Macron publicou no Twitter um vídeo de seu pronunciamento na reunião do G7 em defesa da Amazônia. Como resposta, o presidente francês recebeu diversos ataques como "Macron não deu conta da Catedral de Notre Dame e quer cuidar da Amazônia" e acusações de neocolonialismo. "A Amazônia absorve 14% do CO2 do mundo. A perda do primeiro pulmão do planeta é um problema global. Nenhum país pode dizer que isso diz respeito apenas a ele. #ActForAmazon. É por isso que o G7está se mobilizando para responder à crise", escreveu o presidente. Internautas agressivos saíram em defesa de Jair Bolsonaro, alegando, em um francês arriscado, que "está chovendo na Amazônia, inventa outra desculpa" e "presidente Macron, não precisamos da sua ajuda". Outros usuários aproveitaram para atacar o presidente respostando o meme que compara Brigitte Macron, primeira-ministra francesa, com Michelle Bolsonaro. "É inveja do Macron pode crê", escreveu um seguidor de Jair Bolsonaro com uma montagem com fotos dos dois casais. Em seguida, Bolsonaro respondeu no Facebook: "Não humilha cara. Kkkkkk." Além da milícia bolsonarista, neste domingo (25) foi a vez do ministro da Educação, Abraham Weintraub, ir às redes sociais para pedir “ferro neste Macron”. “O Brasil também já elegeu governantes que chamavam facínoras como o Kadafi de irmão, acolhia terroristas e criticava injustamente democracias. Itália, EUA, Israel foram inúmeras vezes ofendidos. Lembrem que já fomos um anão diplomático. Ferro neste Macron, não no povo francês”, tuitou Weintraub. https://twitter.com/murillobrandao/status/1165958364897189894 https://twitter.com/alderiex/status/1165958586666819587