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Aos 35 anos, Juan Guaidó, líder oposicionista que se autodeclarou presidente da Venezuela, se aliou a Jair Bolsonaro, no Brasil, e a Donald Trump, nos Estados Unidos, para tentar derrubar o governo eleito de Nicolás Maduro. No entanto, a participação de brasileiros patrocinando tentativas de destituição da República Bolivariana constituída por Hugo Chávez já é investigada pelo Ministério Público da Suíça desde 2017, segundo reportagem de Jamil Chade, no jornal O Estado de S.Paulo desta segundo-feira (18).
Documentos mostram que entre 2006 e 2013, segundo a o Ministério Público suíço, a construtora Odebrecht pagou milhões de dólares em propinas a políticos da oposição, depositadas em contas em paraísos fiscais.
Segundo o relatório, pelo menos dez campanhas eleitorais de grupos de oposição foram turbinadas por recursos ilegais da empresa brasileira. O caso mais emblemático é de Henrique Capriles, que disputou a eleição presidencial contra Chavez em 2013. Um grupo de empresários e pessoas aliadas de Capriles teriam recebido mais de US$ 15 milhões.
Em um documento produzido pelos suíços, ainda em 2017, as autoridades afirmam que “Capriles teria recebido subornos relacionados a obras realizadas em Miranda, Estado no qual o grupo Odebrecht realizou obras importantes”. Parte da investigação tem como base documentos de bancos suíços repassados às autoridades venezuelanas ainda em 2017.
Ao jornal, o Ministério Público da Suíça confirmou oficialmente que, em fevereiro de 2017, iniciou um inquérito no que se refere à suspeita de lavagem de dinheiro no que toca a contas ligadas à oposição venezuelana.
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