Morales condena nova tentativa de golpe na Venezuela: EUA querem provocar violência e morte

Morales condenou "energicamente a tentativa de golpe de Estado na Venezuela por parte da direita submissa aos interesses estrangeiros"

Evo Morales e Nicolás Maduro (Arquivo/Agência Brasil)
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O presidente boliviano Evo Morales foi o primeiro chefe de Estado a se manifestar sobre a nova tentativa de golpe na Venezuela, anunciado pelo oposicionista Juan Guaidó nesta terça-feira (30). Morales condenou "energicamente a tentativa de golpe de Estado na Venezuela por parte da direita submissa aos interesses estrangeiros". "Estamos seguros de que a corajosa revolução bolivariana, capitaneada pelo irmão Nicolás Maduro, vai se impor diante deste novo ataque do império", tuitou. Morales ainda condenou a ingerência dos Estados Unidos no país, que se alia a oposição golpista, na tentativa de derrubar Maduro do poder. "Os EUA com sua ingerência, promovendo golpes de Estado, busca provocar violência e morte na Venezuela. Devemos ficar atentos e unidos para que os golpistas não voltem nunca mais a nossa região". Tentativa de golpe Pelas redes sociais, na manhã desta terça-feira (30), o autoproclamado presidente da Venezuela com o apoio de Donald Trump e Jair Bolsonaro, Juan Guaidó afirmou que estaria reunido com as "Forças Armadas iniciando a fase final da 'operação liberdade'". Após anúncio do oposicionista, o governo Nicolás Maduro disse que que apenas um pequeno grupo de militares se aliou aos oposicionistas e convocou militantes chavistas para se dirigirem ao Palácio de Miraflores, sede do governo venezuelano, para resistirem junto com as Forças Armadas Bolivarianas a nova tentativa de golpe de estado. Nesta segunda-feira (29), Ernesto Araújo, ministro das Relações Exteriores de Jair Bolsonaro, se reuniu com o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, e o secretário de Segurança Nacional dos EUA, John Bolton. Ambos são os principais conselheiros do presidente Donald Trump conhecidos por defender uma posição linha-dura diante da crise venezuelana, sem descartar, inclusive, uma intervenção militar. Após a reunião, Araújo disse que não se deve esperar mais pela derrubada de Maduro do poder na Venezuela. "Precisamos ser prudentes porque, desde janeiro, temos a expectativa de que o processo de transição democrática se complemente e aconteça a partir da ascensão do presidente Guaidó. Mas é preciso ser prudente e não esperar demais nesse momento. Se for nesses dias (a destituição de Maduro), seria realmente extraordinário", declarou.