Outras 34 pessoas ficaram feridas e mais de cem foram presas, segundo o líder do povo de Cochabamba, Nelson Cox, com confirmação posterior pelo ministério da Presidência da Bolívia. O confronto ocorreu quando forças leais a Evo Morales se concentraram na cidade de Sacaba, capital da província de Chapare, e iniciaram uma marcha em direção à cidade de Cochabamba, que fica a cerca de 13 quilômetros de distância, e depois seguiriam rumo a La Paz. No caminho, próximo a ponte Hyayllani, na tarde desta sexta-feira, policiais de Cochabamba, que dão apoio ao golpe, fizeram um cerco e reprimiram com violência os manifestantes. A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) condenou em comunicado o "uso desproporcional da força policial e militar", confirmando os cinco mortos e apontando que havia um número indeterminado de feridos. A CIDH acrescentou que "as armas de fogo devem ser excluídas dos dispositivos utilizados para controlar os protestos sociais". No Twitter, o ex-presidente Evo Morales, que está asilado no México, pediu "às Forças Armadas e à polícia que pare o massacre". "O uniforme das instituições da pátria não podem ser manchadas com o sangue do nosso povo", escreveu na rede social.#URGENTE || #MasacreEnBolivia Por la #MasacreEnCochabamba el pueblo responsabiliza a la junta golpista en #Bolivia "Áñez Asesina, Áñez Asesina" Para los que decían que todo esta "tranquilo" #BoliviaEnDictadura y están asesinando impunemente ¡VAMOS A HACERLO VIRAL!@rhm1947 pic.twitter.com/pGu6FHf7cj
— RalitoDigital (@RalitoDigital_) November 16, 2019
Morales ainda denunciou a ditadura de Carlos Mesa, derrotado nas eleições presidenciais, e Luis Fernando Camacho, líder golpista de Santa Cruz. "Para justificar o golpe, Mesa e Camacho nos acusaram de "ditadura". Agora, seu auto-nomeado "presidente" e seu gabinete de advogados de defesa de estupradores e repressores massacram o povo com as Forças Armadas e a Polícia como a verdadeira ditadura. #NoAlGolpeDeEstadoEnBolivia", tuitou Evo.Pedimos a las FFAA y a la Policía Boliviana que paren la masacre. El uniforme de las instituciones de la Patria no puede mancharse con la sangre de nuestro pueblo.
— Evo Morales Ayma (@evoespueblo) November 15, 2019
O presidente boliviano ainda lembrou que o massacre ocorre no mesmo dia da execução do líder indígena Tupac Katari, morto em 1781. "Como hoje, em 1781, o irmão Tupac Katari foi executado pelo jugo espanhol. Depois de ser traído por lutar pela libertação de nosso povo, ele foi preso e condenado a morrer desmembrado. Agora, os líderes do golpe matam indígenas e humildes por pedir democracia".Para justificar el golpe, Mesa y Camacho nos acusaron de "dictadura". Ahora su "presidenta" autonombrada y su gabinete de abogados defensores de violadores y represores, masacra al pueblo con las FFAA y la Policía como la verdadera dictadura. #NoAlGolpeDeEstadoEnBolivia pic.twitter.com/FiDDor2idk
— Evo Morales Ayma (@evoespueblo) November 16, 2019
Como hoy, 1781, fue ejecutado por el yugo español el hermano Tupac Katari. Después de ser traicionado por luchar por la liberación de nuestro pueblo, fue apresado y sentenciado a morir descuartizado. Ahora, los golpistas masacran a indígenas y gente humilde por pedir democracia pic.twitter.com/gj1s6Qc25i
— Evo Morales Ayma (@evoespueblo) November 16, 2019