Na internet, atirador da Nova Zelândia se descreve como "etnonacionalista e fascista"

No manifesto, o australiano Brenton Tarrant conta que levou dois anos planejando o ataque, e que sua intenção é fazer com que menos pessoas queiram migrar para "terras europeias"

Brenton Tarrant, que cometeu atentado na Nova Zelândia (Reprodução/ Twitter)
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Em manifesto de 70 páginas divulgadas nas redes sociais antes do ataque, o australiano Brenton Tarrant - que realizou ataques a tiros em uma das mesquitas da Nova Zelândia, no atentado que deixou ao menos 49 mortos - se descreve como "etnonacionalista e fascista" e diz que não há lugar seguro no mundo. Leia também: Atiradores matam ao menos 49 em mesquitas na Nova Zelândia; ataque foi transmitido ao vivo por matador No manifesto, Tarrant conta que levou dois anos planejando o ataque, e que sua intenção é fazer com que menos pessoas queiram migrar para "terras europeias" e "mostrar aos invasores que nossas terras nunca serão as terras deles, enquanto um homem branco viver, e que eles nunca irão substituir nosso povo". Tarrant transmitiu ao vivo, pelo Facebook, as cenas de um ataque com armas a uma mesquita. O vídeo foi gravado com uma câmera presa no capacete. Nas imagens, o atirador invade a mesquita com uma arma de grosso calibre e atira contra as pessoas. Ele dá tiros pelas costas e também em vítimas que já estavam caídas no chão. As cenas também mostram disparos à queima-roupa. O atirador disse ser "um homem branco comum, de uma família comum", que nasceu na Austrália em uma família trabalhadora e de baixa renda, além de ressaltar sua origem europeia. "As origens da minha língua são europeias, minha cultura, minhas crenças filosóficas, minha identidade é europeia e, mais importante, meu sangue é europeu", escreveu, apontando vir de uma linhagem de escoceses, irlandeses e ingleses. No manifesto, Tarrant diz que escolheu ChristChurch como alvo há três meses. "Eu só vim para a Nova Zelândia para viver temporariamente enquanto eu planejava e treinava, mas logo vi que o país era um alvo", escreveu. Nossa sucursal em Brasília já está em ação. A Fórum é o primeiro veículo a contratar jornalistas a partir de financiamento coletivo. E para continuar o trabalho precisamos do seu apoio. Saiba mais.