Depois do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, recuar no plano lançado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de garantir a posse dos assentamentos israelenses que não cumprem as determinações internacionais, foi a vez da Autoridade Palestina expor suas insatisfações perante a Organização das Nações Unidas (ONU).
O chamado "acordo do século", apresentado por Trump e Netanyahu há cerca de duas semanas, foi um dos assuntos tratados pelo Conselho de Segurança da ONU - o mais alto órgão da entidade - nesta terça-feira (11). Para defender o lado palestino, esteve presente o presidente Mahmoud Abbas.
Abbas considerou que o plano é uma forma de fortalecer um "regime de ocupação e de apartheid" promovido pelo estado de Israel. "Os palestinos não aceitaram o chamado plano de paz de Trump", declarou.
Segundo ele, o plano prevê a Palestina como "um estado fragmentado", sem controle aéreo e marítimo. "Não aceitamos esse plano porque Jerusalém Oriental não faria parte da Palestina e isso já é suficiente para recusá-lo", disse ainda.