Na ONU, Suíça diz que Brasil de Bolsonaro restringe direitos humanos durante a pandemia

A reação da diplomacia suíça acontece um dia depois de Michell Bachelet classificar as declarações de Bolsonaro como negacionistas

Foto: Marcos Corrêa/PR
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O representante da Suíça na Organização das Nações Unidas colocou o Brasil como uma das preocupações do país quanto à restrição de direitos humanos durante a pandemia do novo coronavírus, principalmente quanto aos ataques à liberdade de expressão.

"A Suíça lamenta profundamente que muitos Estados tenham explorado a situação de emergência para restringir desproporcionalmente os direitos humanos, incluindo o direito à liberdade de expressão", disse o representante suíço, segundo o colunista Jamil Chade, do Uol.

"Observamos tais restrições ou medidas desproporcionais contra jornalistas e mídia independentes, em particular nos seguintes países: Bangladesh, Brasil, Camboja, Cuba, China, Egito, Iraque, Nicarágua, Rússia, Tanzânia e Venezuela", completou.

A declaração acontece um dia depois da alta comissária da ONU para Direitos Humanos, Michelle Bachelet, ex-presidenta do Chile, afirmar que as declarações de Bolsonaro que negam a realidade podem agravar a pandemia no país.

“Preocupa-me que declarações que negam a realidade do contágio viral, e a crescente polarização sobre questões-chave, possam intensificar a gravidade da pandemia, minando os esforços para conter sua propagação e fortalecer os sistemas de saúde”, afirmou.

No discurso ela citou Brasil, Burundi, Estados Unidos, Nicarágua e Tanzânia. Apenas Brasil, Tanzânia e Nicarágua aparecem nas duas "listas".