No Paraguai, senadora pode perder o cargo após viajar a evento evangélico e voltar com suspeita de coronavírus

Ministério Público paraguaio acusou a senadora María Eugenia Bajac por suposta violação da quarentena e uso indevido de dinheiro público, e pediu ao Legislativo que derrubasse seu foro privilegiado

A senadora María Eugenia Bajac (foto: Noticias del Paraguay)
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Neste sábado, o Ministério Público do Paraguai iniciou um processo contra a senadora María Eugenia Bajac, do PLRA (Partido Liberal Radical Autêntico) por violação da quarentena e agressão contra agentes do Estado.

A senadora voltou de viagem ao Peru em meados de março, e não quis se submeter aos 14 dias de quarentena obrigatória, nem ao exame para detectar se foi contagiada pelo novo coronavírus.

Além disso, a procuradora Belinda Bobadilla também acusa Bajac de mentir ao Congresso para obter financiamento público para sua viagem, já que informou que se tratava de uma viagem para evento com parlamentares latino-americanos, na Guatemala. Mas, na verdade, ela esteve no Peru, onde participou de um encontro de evangélicos e grupos antiaborto.

A procuradora Bobadilla também pediu ao Legislativo que derrube o foro privilegiado da senadora, para que ela possa ser julgada. Até o senador Efraín Alegría, presidente do seu partido, defendeu que a Bajac perca o foro. No entanto, o Partido Colorado (do presidente Abdo Benítez) quer a sua cassação.