O tufão Hagibi neste sábado no Japão

Não há risco de tsunami em decorrência deste tremor. O que preocupa é que o solo já está instável por causa da chuva e, com os tremores, a situação pode piorar

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Por Daniel Miyagi, de Kawaguchi (Japão) A Agência de Meteorologia do Japão (AMJ) informou neste sábado (12) sobre a ocorrência de um terremoto de magnitude 5,7, com intensidade máxima de 4, em Chiba. O epicentro foi na costa sudeste da província, com profundidade de 80 km. Não há risco de tsunami em decorrência deste tremor. O que preocupa é que o solo já está instável por causa da chuva e, com os tremores, a situação pode piorar. Dois homens morreram, mais de 60 pessoas ficaram feridas e 6 milhões de moradores de várias províncias receberam ordens ou avisos de evacuação com a proximidade do poderoso tufão 19, trazendo chuvas intensas e ventos fortes. O centro do tufão Hagibi, que significa "velocidade" na língua filipina tagalog, atingiu a península de Izu, em Shizuoka, no início da noite deste sábado (12), e agora ameaça inundar Tokyo, uma vez que coincide com a maré alta. A tempestade, que segundo o governo seria a mais forte a atingir Tokyo desde 1958, já trouxe chuvas recordes em Kanagawa, com precipitação de 700 mm em 24 horas. A Agência Meteorológica do Japão emitiu o nível mais alto de alerta de emergência (ooame tokubetsu keihou / ??????) para sete províncias (Shizuoka, Kanagawa, Tokyo, Gunma, Saitama, onde eu moro,  Nagano e Yamanashi) por causa de grandes quantidades de chuva e do risco de transbordamento de rios e inundações. Mais tarde, na noite deste sábado, o alerta máximo foi ampliado para Ibaraki, Tochigi, Niigata, Fukushima e Miyagi. "Estamos vendo uma chuva sem precedentes", disse uma autoridade da agência em uma entrevista coletiva exibida pela emissora NHK. "Os danos causados ??pelas inundações e deslizamentos de terra provavelmente já estão ocorrendo". Muitas pessoas em Tokyo e nos arredores já estavam se abrigando em instalações de evacuação temporária. O aeroporto de Haneda, em Tokyo, e o aeroporto de Narita, em Chiba, interromperam voos e os trens de conexão foram suspensos, forçando o cancelamento de mais de mil embarques e desembarques, de acordo com a mídia japonesa. Os ventos fortes já causaram alguns danos, principalmente em Chiba, onde um dos tufões mais fortes a atingir o Japão nos últimos anos destruiu ou danificou 30 mil casas há um mês. Um levantamento da NHK mostrou que 51 pessoas ficaram feridas em 19 províncias, mas esse número pode aumentar conforme o tufão avança para as regiões Kanto e Tohoku. Vários governos municipais emitiram avisos de evacuação para áreas particularmente em risco de inundações e deslizamentos de terra. Especialistas alertaram que Tokyo, embora muito bem preparada para enfrentar terremotos, é vulnerável a inundações. Tokyo, onde 1,5 milhão de pessoas vivem abaixo do nível do mar, é propensa a sofrer danos causados ??por tempestades, disse Nobuyuki Tsuchiya, diretor do Japan Riverfront Research Center.“Estamos caminhando para a maré alta. Se o tufão atingir Tokyo quando a maré estiver alta, seria o cenário mais assustador ”, disse ele. "As pessoas em Tokyo têm uma falsa sensação de segurança." Preciso dizer que eu, que não moro em Tokyo, tenho essa falsa sensação. Lojas, fábricas e linhas de trem e metrô não funcionaram por precaução, enquanto os organizadores do Grande Prêmio da Fórmula 1 do Japão cancelaram todas as sessões de treinos e qualificação programadas para este sábado. Dois homens morreram, mais de 60 pessoas ficaram feridas e 6 milhões de moradores de várias províncias receberam ordens ou avisos de evacuação com a proximidade do poderoso tufão 19, trazendo chuvas intensas e ventos fortes, segundo a NHK. Em Kawaguchi, cidade onde moro, as lojas e supermercados fecharam. As pessoas ficaram dentro de casa. A igreja católica de Kawaguchi, que fica perto de onde moro, ficou lotada de pessoas já desabrigadas. De meia em meia hora, o alerta de emergência do meu celular não para de tocar,  e nesse momento os bombeiros, com seus mega fones. avisam para  não sairmos de casa ou irmos para abrigos da prefeitura.