O grande aumento no número de casos de covid-19 (infecção causada pelo novo coronavírus) na Europa levou a OMS (Organização Mundial da Saúde) a decretar oficialmente que o continente voltou a ser o epicentro da pandemia.
Os países que lideram essa segunda europeia são França e Espanha. Em pouco mais de um mês, as duas nações tiveram um salto vertiginoso em seus casos: ambos estavam abaixo da casa dos 400 mil e agora já superaram a marca de 1 milhão. Só os franceses já superaram o 1,2 milhão, e estão prestes a registrar 1 milhão de casos somente nesta segunda onda, ou seja, quase 4 vezes mais que na primeira.
Outros países que também apresentam grande aumento no número de casos são Reino Unido, Bélgica e Itália. Os cinco países citados já reforçaram suas medidas de segurança. A Espanha foi o mais radical, estabelecendo toque de recolher nas cidades mais afetadas pela segunda onda, incluindo a capital Madrid.
O diretor do Departamento de Emergências da OMS, Mike Ryan, afirmou que “ainda há tempo para reverter essa tendência, por isso, pedimos aos ministérios de Saúde dos países europeus que façam maiores sacrifícios, para que possamos evitar o maior número possível de vítimas”.
O especialista também opinou que, ao menos por enquanto, “não são necessárias medidas de isolamento nacionais, mas é recomendável que elas sejam tomadas de forma localizada, nas regiões mais afetadas”.
Durante os últimos meses, a América Latina ostentou esse título, muito em função da situação do Brasil, que chegou a ser o segundo país do mundo em quantidade de casos (hoje está em terceiro, com 5,4 milhões), e também em número de mortes (se mantém em segundo, com 157 mil). Entre julho e agosto o país foi o que registrou os maiores números de casos diários no mundo.