Palestina acusa Israel de se aproveitar da pandemia para ampliar colônias na Cisjordânia

Chanceler palestino, Riyad al-Maliki, afirmou que “a preocupação internacional com a luta contra o coronavírus está sendo usada a favor do colonialismo israelense, em cumplicidade total com os Estados Unidos”

Muro contra palestinos na cidade de Belém (foto: Al Jazeera)
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Nesta quarta-feira (6), a ANP (Autoridade Nacional Palestina) acusou o governo de Israel de utilizar a crise mundial de saúde para expandir ainda mais seus assentamentos ilegais em territórios palestinos, especialmente na região da Cisjordânia.

“Israel está aproveitando a preocupação internacional com a luta contra o coronavírus para fortalecer seu projeto colonialista e implementar o mais atroz roubo de terras palestinas, com total cumplicidade dos Estados Unidos”, afirmou o chanceler palestino, Riyad al-Maliki.

Um comunicado divulgado também nesta quarta, logo após as declarações de al-Maliki, informa que os planos do regime israelense constituem “um desrespeito ao direito internacional e um flagrante desafio às condenações internacionais pela expansão de assentamentos ilegais”.

Além disso, o documento ironiza o chamado “acordo do século”, que foi anunciado em janeiro deste ano, pelo qual Donald Trump assegurou que colocaria “um fim definitivo ao conflito entre os dois países”. Porém, o tal acordo, apoiado desde o começo pelo primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, nunca contou com a concordância das autoridades palestinas.

“Tel Aviv deve ser responsabilizada pelos efeitos da expansão de seus assentamentos nos territórios ocupados e pela possível anexação da Cisjordânia, e também os países que apoiarem essa invasão”, conclui o comunicado da ANP, que pediu ao TPI (Tribunal Penal Internacional, com sede em Haia), que inicie uma investigação oficial sobre os crimes israelenses contra o povo palestino.