Em saudação aos fiéis em inglês na manhã desta quarta-feira (3), o papa Francisco condenou o "pecado do racismo" em referência aos atos ocorrido nos Estados Unidos - e que se espalha pelo mundo - "depois da trágica morte de George Floyd".
Francisco disse que acompanha "com grande preocupação as dolorosas perturbações que estão a acontecer nos Estados Unidos, depois da trágica morte de George Floyd".
"Queridos amigos, não podemos tolerar ou fechar os olhos a qualquer tipo de racismo ou exclusão", disse Francisco, acrescentando que "o racismo é um pecado".
Para o Papa, "a violência das últimas noites é autodestrutiva" e "nada se ganha e muito se perde".
O papa uniu-se à Igreja de St. Paul, em Minneapolis, em oração "pela alma de George Floyd e todos os outros que perderam a vida por causa do pecado do racismo".
"Ore pelo consolo de famílias e amigos com o coração partido e pela reconciliação nacional e paz pela qual ansiamos. Que Nossa Senhora de Guadalupe, Mãe da América, interceda por todos aqueles que trabalham pela paz e justiça na sua terra e no mundo ", acrescentou.
Atos
O oitavo dia de protestos nos Estados Unidos se concentrou em atos pacíficos. A madrugada desta quarta-feira (3) foi considerada o dia mais calmo desta onda de manifestações.
Em Washington, os manifestantes voltaram a se reunir em uma quadra próxima à Casa Branca, sede do governo americano, onde no dia anterior policiais com a ajuda da cavalaria dispersaram um grupo para abrir caminho para o presidente Donald Trump fazer uma foto perto da igreja St. John.
Também houve protestos em Los Angeles, Miami, St. Paul, Minnesota, Columbia, Carolina do Sul e Houston.
Quarenta cidades americanas impuseram restrições na circulação à noite em uma tentativa de evitar novos confrontos.