Para evitar acusações de interferência, Facebook cogita proibir anúncios antes das eleições nos EUA

Vários grupos de direitos civis criticam o Facebook por não criar um mecanismo de checagem de informações difundidas em anúncios políticos, o que permite o uso de fake news em campanhas eleitorais através da plataforma

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A rede social Facebook está estudando medidas especiais para as eleições deste ano nos Estados Unidos, que acontecerão no próximo dia 3 de novembro, e que terão como principais protagonistas Joe Biden, candidato do Partido Democrata, e Donald Trump, do Partido Republicano, candidato à reeleição.

De acordo com informações do portal Bloomberg, a principal preocupação é a utilização da plataforma para difusão de informações falsas (fake news) através de anúncios eleitorais durante o período de campanha, razão pela qual uma das medidas que vem sendo cogitada e a proibição ou restrição de anúncios a partir do mês de outubro, talvez a nível global, ou ao menos dentro do território estadunidense.

Ainda segundo o Bloomberg, o Facebook também estaria considerando punições a perfis que difundam informações falsas durante o período de campanha, que poderiam ir desde o bloqueio temporário dos perfis até o banimento da rede.

Vários grupos de direitos civis dos Estados Unidos criticam o Facebook por não criar um mecanismo de checagem de informações difundidas especificamente em anúncios políticos. A falta dessa ferramenta permite o uso de fake news em campanhas eleitorais através da plataforma, e foi muito utilizado pela equipe de Donald Trump em 2016, quando venceu a disputa contra a democrata Hillary Clinton.