Presidentes da América Latina também são alvos do escândalo dos Pandora Papers

Três atuais mandatários e nada menos do que 11 que já deixaram seus cargos na América Latina utilizaram de paraísos fiscais ao longo dos anos

O chileno Sebastián Piñera é um dos citados - Foto: Sérgio Cruz/Agência Brasil
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O escândalo dos Pandora Papers atingiu não somente autoridades brasileiras, principalmente ligadas ao governo de Jair Bolsonaro. Três atuais presidentes e nada menos do que 11 que já deixaram seus cargos na América Latina utilizaram de paraísos fiscais ao longo dos anos. Integram a lista 90 políticos de alto escalão, congregações religiosas e artistas de fama mundial, bilionários.

O fato em comum que os une é que todos são de direita ou extrema direita. As reportagens do Pandora Papers foram reveladas neste domingo (3). O perfil dos latino-americanos foi divulgado pelo jornal espanhol El País.

Catorze dos 35 presidentes ou ex-presidentes citados nos documentos pertencem à América Latina. Entre eles, se destacam três ainda com mandatos: o chileno Sebastián Piñera, o equatoriano Guillermo Lasso e o dominicano Luis Abinader.

Entre os outros 11 latinos, aparecem os colombianos César Gaviria e Andrés Pastrana; o peruano Pedro Pablo Kuczynski; o paraguaio Horacio Cartes; e os panamenhos Juan Carlos Varela e Ricardo Martinelli.

A sequência de reportagens do Consórcio Internacional de Jornalistas exibiu, neste domingo (3), informações de 11,9 milhões de arquivos que reúnem o trabalho de 14 assessorias para offshores.

Os documentos, então secretos, mostram negociações offshore do rei da Jordânia, dos presidentes da Ucrânia, Quênia e Equador, do primeiro-ministro da República Tcheca e do ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair. 

No Brasil

Entre as autoridades brasileiras que aparecem estão o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

No Brasil, participam da investigação, feita pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos, a revista piauí, os sites Poder360 e Metrópoles e a Agência Pública.