Putin critica hegemonia do dólar e afirma que moeda se tornou “instrumento de pressão dos EUA”

Declaração se deu no mesmo dia em que Rússia e China anunciaram oficialmente o lançamento de um acordo intergovernamental para que o comércio bilateral entre eles seja realizado através do rublo e do yuan, sem utilizar a divisa estadunidense

Foto: EndTimes
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No encerramento do Foro Econômico Internacional de São Petersburgo, nesta segunda-feira (10), o presidente russo Vladimir Putin afirmou que o mundo precisa tomar medidas para “redefinir o papel do dólar, já que (a moeda) se transformou em um instrumento de pressão do seu país emissor (Estados Unidos) sobre o resto do mundo”. O mandatário do Kremlin acredita que o sistema financeiro “requer mudanças profundas, o que exigirá adaptações das organizações internacionais a respeito das moedas de reserva, para que estas não sejam utilizadas politicamente”. Inscreva-se no nosso Canal do YouTube, ative o sininho e passe a assistir ao nosso conteúdo exclusivo Em um evento que foi marcado pela camaradagem entre Putin e seu colega chinês, Xi Jinping, significando uma nova etapa na cooperação entre a Rússia e a China, chama a atenção que o líder russo se refira à questão do dólar, ao mesmo tempo em que os dois países anunciaram oficialmente o lançamento de um acordo intergovernamental para que o comércio bilateral entre eles seja realizado através do rublo e do yuan, sem utilizar a divisa estadunidense – o que, segundo os mandatários, garantirá “serviços bancários ininterrompidos e maior estabilidade nas transações”. Ao justificar o acordo, o líder russo declarou que “as ações promovidas pelos Estados Unidos (se aproveitando da hegemonia do dólar) buscam minar os projetos econômicos dos dois gigantescos países”. Por sua parte, o presidente Xi Jinping, convidado de honra do Foro, aludiu à guerra econômica lançada pela administração de Donald Trump, quando falou em “não destruir o sistema comercial atual”, e também em “adaptar o modelo de globalização para evitar as condições de instabilidade em alguns países”. Segundo Jinping, “os princípios básicos nem sempre estão de acordo aos interesses de cada país, mas se queremos benefício para todos, é preciso defender esses princípios, para garantir a harmonia a nível global”. Com informações do Sputnik News e do El Destape.