Repressão militar de Piñera prendeu 274 crianças e 442 mulheres entre os mais de 2 mil detidos no Chile

O Instituto Nacional de Direitos Humanos do Chile informa ainda que recebeu denúncias de tortura, amontoamento de pessoas por horas em camburões, assassinatos à queima-roupa, espancamentos e violência sexual

Militar reprime protesto no Chile - Foto: Reprodução/Twitter
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Relatório divulgado nesta quarta-feira (23) pelo Instituto Nacional de Direitos Humanos do Chile revela que a repressão militar ordenada pelo governo neoliberal de Sebastian Piñera prendeu 2.410 pessoas, entre elas 274 crianças e adolescentes e 442 mulheres. O Instituto informou ainda que recebeu denúncias de tortura, amontoamento de pessoas por horas em camburões, assassinatos à queima-roupa, espancamentos e violência sexual. Ainda foram divulgados os nomes de cinco das 18 pessoas mortas comprovadamente por ação dos militares. Romario Veloz, morto a tiros por militares Alex Núñez, que morreu com lesões no crânio e no tórax após espancamento com policiais Kevin Gómez, morto por tiro da polícia Manuel Rebolledo Navarrete, assassinado dentro de um veículo militar José Miguel Uribe Antipán, morto por tiro policial Há pelos 210 feridos por tiros que foram atendidos em hospitais do país. O INDH já entrou com 55 ações judiciais contra o governo. Sergio Micco, presidente do instituto, ainda pediu pleno acesso de funcionários do órgão aos hospitais, que está sendo controlado por agentes do Estado.