Rússia iniciará vacinação em massa com a Sputnik V na próxima semana

O próprio presidente Vladimir Putin anunciou a campanha como “a primeira que promoverá a imunização da população contra o coronavírus”, de forma gratuita e em grande escala

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O governo da Rússia anunciou nesta quarta-feira (2) que iniciará na próxima semana sua campanha de vacinação contra o coronavírus SARS-CoV-2, causador da infecção covid-19, responsável pela principal pandemia deste 2020.

A campanha utilizará a vacina Sputnik V, o primeiro dos mais de 20 projetos de imunizante contra o coronavírus a terminar sua fase de desenvolvimento. O produto foi criado pelo Centro Gamaleya de Moscou e financiado pelo Fundo Nacional de Investimento Direto da Rússia.

A coletiva de imprensa na qual foi revelada a informação foi tão importante que contou com a presença do próprio presidente Vladimir Putin, que, como já havia feito outras vezes, não perdeu a chance de destacar a Sputnik V como “a primeira vacina contra o coronavírus registrada no mundo”, e agora como “a primeira que será utilizada no mundo em uma campanha de vacinação a grande escala”.

O mandatário russo também afirmou que a vacinação no país será gratuita, através do sistema público de saúde. Porém, recordou que será anunciado um cronograma de vacinação nos próximos dias, já que a Sputnik V requer a aplicação de 2 doses para ser totalmente efetiva – com diferença de entre 14 a 21 dias entre ambas.

A vice-primeira-ministra da Rússia, Tatiana Golikova assegurou que o país já produziu mais de 4 milhões de doses somente para uso interno – o país afirma que também há uma linha de produção em separado para fabricar doses a países que pretendem comprar o produto, como é o caso de Argentina, Turquia, Hungria e outros, que já manifestaram interesse mas esperam a certificação da OMS (Organização Mundial da Saúde) para oficializar a aquisição.

“A produção da primeira vacina contra o coronavírus registrada no mundo, a Sputnik V, será acelerada nos próximos dias, devido à demanda interna e externa pelo produto”, assegurou Golikova.