Rússia registra segunda vacina contra o coronavírus e Putin afirma que já está perto da terceira

Novo imunizante russo se chama EpiVacCorona e foi desenvolvido pelo Centro Vektor, na cidade siberiana de Novosibirsk. Terceiro projeto de vacina do país terá fase decisiva de testes neste mês de outubro

Vacina russa EpiVacCorona (foto: Sputnik News)
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A Rússia continua mostrando ganhando pontos na chamada “corrida pela vacina” contra a covid-19. Depois de ser o país que registrou a primeira vacina – a Sputnik V, em agosto –, o país acaba de registrar seu segundo produto: a EpiVacCorona.

A segunda vacina russa, desenvolvida pelo Centro Vektor, localizado na cidade siberiana de Novosibirsk, é também a terceira vacina registrada oficialmente – também em agosto, a China oficializou a criação de seu primeiro produto, desenvolvido pelo laboratório CanSino.

A EpiVacCorona foi apresentada nesta quarta-feira (14), em evento que contou com a presença do presidente Vladimir Putin, que não perdeu a chance de se gabar não só por já ter dois produtos para combater o coronavírus desenvolvidos por seu país como também porque já teria um terceiro próximo de ser finalizado.

“Pelo que eu sei, temos uma terceira vacina a caminho, a do Centro Chumakov, da Academia Russa de Ciências”, declarou o mandatário russo.

Contudo, é importante destacar que, assim como aconteceu com a Sputnik V – desenvolvida pelo Centro Gamaleya e anunciada em agosto –, que realizou sua última fase de testes em setembro, após o registro oficial, a EpiVacCorona também foi registrada antes da sua última fase de testes clínicos, que deve acontecer entre final de outubro e começo de novembro.

O mesmo acontece com a terceira vacina russa, ainda sem nome, que deverá ter sua segunda fase de testes realizada em outubro, e seria registrada caso essa mostre resultados aceitáveis.

A terceira fase de testes se diferencia, sobretudo, por examinar mais voluntários que as anteriores: enquanto a primeira e a segunda , que costumam reunir dezenas ou centenas de participantes, a última precisa reunir milhares, o que permite observar a reação em indivíduos de diferentes sexos, faixas etárias e condições específicas, como mulheres grávidas, pacientes com diabetes, hipertensão e outros problemas crônicos, etc.

A última fase de testes da Sputnik V, por exemplo, testou cerca de 40 mil voluntários. Já a segunda fase de testes da vacina do Centro Chumakov, o terceiro projeto russo, acontecerá neste mês de outubro, com 285 participantes.