Secretária de Trump é vaiada em restaurante mexicano em Washington

"Você não vai conseguir jantar até reunir as famílias novamente" e "pelo fim dos campos de concentração do Texas", gritavam os manifestantes. Veja o vídeo

A secretária Kristjen Nielsen. Foto: Reprodução Vídeo
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"Se as crianças não comem em paz, você não vai comer em paz". Foi com frases deste tipo que manifestantes interromperam o jantar da secretária do Departamento de Segurança Interna dos EUA, Kristjen Nielsen. Ela estava, por ironia, em um sofisticado restaurante mexicano, em Washington, nesta terça-feira (19). O objetivo do grupo foi expressar indignação pela separação das crianças de seus pais migrantes na fronteira sul dos EUA. "Nós pedimos a você que acabe com as separações familiares", gritou um membro do Partido Democrata Socialista da América, enquanto outros manifestantes entravam no restaurante cantando "vergonha, vergonha, vergonha" entre outras palavras de ordem. Em uma reunião na Casa Branca na segunda-feira, Nielsen defendeu a política de "tolerância zero", recém-criada por Trump para refugiados. Nielsen alegou de maneira errônea que a lei federal exige a separação familiar quando os pais, mesmo os legalmente requerentes de asilo, são mantidos em juízo. Ela disse ainda que a separação familiar não é uma política nova. Desde o início da política, mais de 2.300 crianças migrantes foram separadas dos pais - muitas delas fugindo da violência na América Central - e abrigadas, pelo menos temporariamente, em creches federais em estados fronteiriços. Pelo menos 13 parlamentares democratas, citando a execução da política de "tolerância zero", que separou bebês e adolescentes de mães e pais, pediram a renúncia de Nielsen. Alguns republicanos também pediram ao presidente Donald Trump para reverter a política. "Você não vai conseguir jantar até reunir as famílias novamente" e "pelo fim dos campos de concentração do Texas", gritavam os manifestantes à Nielsen, enquanto dois homens de terno aguardavam entre a mesa da secretária e meia dúzia de manifestantes. Com informações da NBCNews