Sínodo da Amazônia: Papa anuncia órgão do Vaticano para monitorar a região "que sofre todo tipo de injustiça”

“A consciência ecológica vai em frente e hoje nos denuncia um caminho de exploração compulsiva e corrupção. A Amazônia é um dos pontos mais importantes disso. Um símbolo", declarou no encerramento do Sínodo, neste sábado (26)

Papa Francisco (Angelo Carconi/Ansa/Agência Lusa)Créditos: Reprodução/Commons
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O Papa Francisco anunciou na tarde deste sábado (26), no encerramento do Sínodo da Amazônia, que vai criar um órgão no Vaticano dedicado exclusivamente à Amazônia que, segundo ele, "sofre todo tipo de injustiça”. “Na Amazônia há todo tipo de injustiça, destruição de pessoas, exploração de pessoas, em todos os níveis e destruição da identidade cultural”, disse. O departamento deve ficar alocado dentro do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, sob o comando do cardeal Peter Turkson, de Gana. “A consciência ecológica vai em frente e hoje nos denuncia um caminho de exploração compulsiva e corrupção. A Amazônia é um dos pontos mais importantes disso. Um símbolo, eu diria”, declarou Francisco. Documento final Neste sábado (26), bispos de todo o mundo vão analisar o texto final, produzido por 13 autores - três dos quais são brasileiros e membros da Rede Eclesial Pan-Amazônica (Repam) -, que será votado neste domingo (27). O documento é dividido em três subtítulos e linhas de ação: “A voz da Amazônia” (Ver), “Ecologia Integral: o clamor da terra e dos pobres” (Discernir) e “Igreja Profética na Amazônia: desafios e esperanças” (Agir). Ele serve de apoio para discutir temas como a riqueza cultural e ecológica da região, mudanças climáticas causadas por desmatamentos, os direitos de quilombolas e a crise migratória da Venezuela.