SPD, de esquerda, vence em Berlim e seguirá governando capital alemã

Partido Social-Democrata abriu vantagem sobre os Verdes e garantiu vitória na metrópole cosmopolita. Sondagens e apuração parcial indicam que legenda também vencerá disputa nacional

Foto: Franziska Giffen (SPD-Berlim) / Reprodução
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Berlim, a capital federal alemã e maior cidade do país, seguirá sendo governada pelo Partido Social-Democrata (SPD), de esquerda, no poder há 20 anos. As sondagens realizadas até o momento e a apuração parcial das urnas indicam que Franziska Giffey será a nova prefeita da metrópole cosmopolita, em substituição ao seu colega de sigla Michael Müller.

No início da tarde deste domingo (26), as primeiras pesquisas de boca de urna indicavam uma pequena vantagem para o partido Os Verdes, também de esquerda e fortemente ligado à temática da sustentabilidade ambiental, econômica e social, mas o quadro foi revertido e já próximo do fim da apuração o SPD abriu vantagem e aparece com 21,4% dos votos, enquanto Os Verdes estabilizaram em 18,6%.

No cenário nacional, a vitória do SPD também parece sacramentada, mas por uma margem tão pequena que provavelmente levará a uma indefinição sobre a escolha do chanceler que substituirá Angela Merkel à frente da mais rica e populosa nação europeia (desconsiderando a Rússia, um país transcontinental).

As projeções realizadas até agora, que costumam ter grande precisão na Alemanha, mostram que o SPD, que tem como candidato à chefia de governo Olaf Scholz, tem 26% dos votos, seguido pela União Democrata-Cristã (CDU), de direita e partido da atual chanceler Angela Merkel, com 24% do total. No entanto, mesmo se o cenário se confirmar definitivamente, os social-democratas da SPD não terão garantido a cadeira mais cobiçada da Europa, já que será necessária uma complexa e desgastante negociação para formar uma coalizão capaz de liderar o governo.

Os Verdes se consolidaram como a terceira força política nacional na Alemanha, após uma estimativa que lhes atribui 14% dos votos totais. Já os ultrarradicais de direita da Alternativa para a Alemanha (AfD), ligados abertamente a movimentos neonazistas, devem ficar com 10,5% dos eleitores.