Stedile diz na Venezuela que movimentos do Brasil e Colômbia estarão na fronteira em defesa dos interesses latino-americanos

Dirigente do MST comparou o que está acontecendo na Venezuela com "uma batalha da importância da Guerra Civil Espanhola"

(Foto: Renato Rovai)
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Na Venezuela, o dirigente nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e articulador da Via Campesina Internacional, João Pedro Stedile, afirmou que os exércitos do Brasil e da Colômbia não vão fazer nada contra o país, porque não há motivo para isso. Disse ainda que os movimentos sociais do Brasil e da Colômbia estarão na fronteira em defesa dos interesses latino-americanos. Stedile participa da Assembleia Internacional dos Povos (AIP), que acontece entre os dias 24 e 27 de fevereiro, em Caracas, e reúne delegações de 85 países. Neste domingo (24), Stedile também comparou o que está acontecendo na Venezuela com "uma batalha da importância da Guerra Civil Espanhola". Na ocasião, de um lado estava a Frente Popular, que reunia setores de esquerda, e do outro, a Falange Espanhola Tradicionalista, de direita, liderada pelo general Francisco Franco para derrubar o presidente de centro-esquerda Manuel Azaña. O conflito durou de 1936 a 1939. "Precisamos vencer para poder avançar com a conquista de outros países para projetos populares", disse. O dirigente do MST denunciou a prisão política do ex-presidente Lula, detido desde o dia 7 de abril de 2018 em Curitiba. "Lula não está preso, Lula está sequestrado pelo capital internacional, que precisou tirá-lo do processo eleitoral brasileiro para apoderar-se do pré-sal." O editor da Fórum, Renato Rovai, participa do evento. Na terça (26), ele ministra uma palestra sobre comunicação e as mudanças no ecossistema informativo nos últimos anos com a internet. Neste domingo (24), como parte da abertura da Assembleia, será realizado um “show pela paz” na capital venezuelana, Caracas.