Tensão aumenta em Gaza, com 45 mil em protestos na fronteira com Israel

Questão de segurança interna pode afetar visita oficial do Presidente Jair Bolsonaro, que desembarca em Tel Aviv neste domingo (31)

A Grande Marcha do Retorno. Foto: Youtube/2018
Escrito en GLOBAL el
Por Pedro Moreira, de Tel Aviv, especial para a Fórum O Exército israelense informou, há pouco, que cerca de 30 mil pessoas participam dos protestos na Faixa de Gaza, em vários pontos próximos à fronteira com Israel. Alguns estariam atirando pedras e colocando fogo em pneus. Veículos de comunicação palestinos já falam em 45 mil pessoas. Mais cedo, o ministério da Saúde de Gaza informou que um jovem de 17 anos foi morto a tiro pelo Exército israelense próximo à fronteira leste durante os protestos que começaram nesta sexta-feira (29). A Fórum está fazendo uma cobertura exclusiva da viagem do presidente Jair Bolsonaro a Israel e precisa do seu apoio. Clique aqui e saiba como ajudar De acordo com o canal de notícias i24news, o Exército israelense posicionou cerca de 200 franco-atiradores e milhares de soldados ao longo da fronteira, além de ter reforçado a artilharia terrestre e aérea, em antecipação à multidão. O temor é por uma eventual escalada de violência nas demonstrações convocadas para hoje, data em que os protestos semanais intitulados Grande Marcha do Retorno completam um ano. O Hamas, grupo militante que controla Gaza, decretou greve geral no enclave. Mandou fechar repartições públicas e escolas. E conclamou a população a participar, para atingirem um milhão nos protestos. Ônibus estão transportando as pessoas para os pontos de concentração ao longo da fronteira. Em um eventual acirramento do conflito na fronteira com Gaza, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, poderá se ver obrigado a rever a atenção que estava prevista para a visita oficial do Presidente Jair Bolsonaro, que desembarca em Tel Aviv neste domingo (31). Na última segunda-feira (25), Netanyahu interrompeu uma visita que fazia aos Estados Unidos para retornar a Israel e lidar com questões de segurança interna. Leia  também:   A irresponsabilidade da mídia e do hospital no episódio de Arthur, neto do Lula Sem mudança de embaixada, Bolsonaro terá pouco a oferecer a Bibi