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A versão impressa do "The New York Times" desta segunda-feira (26) destacou mais uma vez a situação delicada que o Brasil enfrenta com relação à Amazônia. Ocupando o alto da primeira página do cardeno internacional do jornal, a coluna da repórter Vanessa Barbara, intitulada "Uma devastação da Amazônia em todo o Brasil", destaca as impressões da jornalista ao entrar em contato pela primeira vez com a floresta, que a considera "um tesouro global", mas que se encontra à mercê do presidente Jair Bolsonaro, "o menor, mais maçante e mais insignificante dos líderes".
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A repórter ainda mencionou a demissão no começo deste mês do diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Ricardo Galvão, como o "primeiro sinal" de que o ano não seria bom para a Amazônia. Vanessa Barbara também acrescenta que Bolsonaro solicitou a demissão do ex-diretor por não considerar os números de desmatamento fiéis à realidade, mas que "imagens de satélites realmente mostraram os números alarmantes de incêndios pela Amazônia".
O jornal americano já havia ressaltado em outras reportagens que o desmatamento da Amazônia aumentou desde que Bolsonaro tomou posse e cortou subsídios para combater as atividades ilegais na floresta. "O presidente de extrema-direita acusou ONGs de colocar fogo na floresta depois que o governo cortou financiamentos, apesar de não apresentar nenhuma evidência”, afirma a reportagem.
Pelo mundo
A devastação na floresta também chamou a atenção de outros grandes jornais internacionais , que se empenharam nos últimos dias a contestar os pronunciamentos do presidente Jair Bolsonaro (PSL). Em sua maioria, os jornais têm associado o aumento do desmatamento na floresta à gestão do presidente, aos interesses do agronegócio e à falta de investimentos do atual governo em políticas ambientais.
"Os ministros deixam claro que suas simpatias estão com os madeireiros, e não com os grupos indígenas que vivem na floresta", diz o britânico The Guardian. Para o espanhol El País, o Brasil "arde em um ritmo recorde". Enquanto isso, o também britânico Financial Times diz que o presidente facilitou o "boom do desmatamento".