Tribunal suspende julgamento de Assange por suspeita de covid em um dos advogados

Edward Fitzgerald, um dos defensores do fundador do WikiLeaks, afirmou estar com sintomas da infecção causada pelo novo coronavírus, o que levou a juíza a interromper o processo que decidirá sobre sua extradição ou não aos Estados Unidos

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O julgamento sobre a extradição de Julian Assange para os Estados Unidos foi suspenso nesta quinta-feira (10) por um tribunal do Reino Unido.

A juíza Vanessa Baraister acolheu o pedido do advogado Edward Fitzgerald, que faz parte da equipe de defesa do fundador do WikiLeaks, que alegou ter sido diagnosticado com covid-19, infecção causada pelo novo coronavírus. Inclusive, seu atestado mostra que seu caso apresenta sintomas.

O tribunal britânico retomou, na última segunda-feira (7), o processo que decidirá sobre a extradição ou não de Assange aos Estados Unidos, país que solicita a presença do ativista australiano, para julgá-lo pelo que considera “crimes contra a segurança nacional”.

Através do WikiLeaks, Julian Assange revelou diversos crimes de guerra cometidos pelo Exército dos Estados Unidos durante as invasões ao Iraque e ao Afeganistão, entre 2002 e 2010. Esses são os “crimes contra a segurança nacional”.

Ao todo, ele responde por 18 acusações, que poderiam render uma pena de até 175 anos de prisão. O Departamento de Justiça dos Estados Unidos entregou garantias verbais ao Reino Unido de que Assange não corre risco de ser condenado à pena de morte.