Trump diz que não vai bombardear patrimônio cultural do Irã para "obedecer à lei"

"Se é isso que é a lei, eu gosto de obedecer à lei", afirmou Trump ao comentar declaração dada anteriormente

Foto: Shealah Craighead/Casa Branca
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Depois de declarar que os Estados Unidos já definiram 52 alvos no Irã, entre eles locais com "nível muito alto e importante para o Irã e para a cultura iraniana", o presidente Donald Trump decidiu recuar nesta terça-feira (7) e afirmar que irá seguir a lei internacional e preservar locais de relevância cultural. "Se é isso que é a lei, eu gosto de obedecer à lei. Mas pense nisso. Eles matam nosso povo. Eles explodem nosso povo e nós temos que ser muito gentis com suas instituições culturais. Mas estou OK com isso", declarou o presidente dos EUA em coletiva de imprensa. O recuo de Trump veio após o Secretário de Defesa, Mark Esper, negar que patrimônios culturais sejam realmente alvos. "Essas são as leis do conflito armado", afirmou ele. Em postagem feita no Twitter no sábado, o presidente dos EUA fez ameaças ao país persa, que, segundo ele, estaria sendo muito audacioso. "“O Irã está falando com muita audácia sobre ter como alvo certos ativos dos EUA como vingança por livrarmos o mundo de seu líder terrorista [...] Isso deve servir como um aviso de que, se o Irã atingir americanos ou ativos americanos, temos 52 locais como alvo, alguns em um nível muito alto e importante para o Irã e a cultura iraniana”, tuitou. As tensões entre os dois países seguem crescendo desde o assassinato do general Qassem Soleimani, comandante da Força Al Quds, unidade especial da Guarda Revolucionária do Irã. A morte de Soleimani foi coordenada pelo mandatário estadunidense.