O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi nomeado para o Prêmio Nobel da Paz de 2021. Escolha ocorre poucas semanas depois do mandatário anunciar um acordo de paz entre Israel e os Emirados Árabes. O documento será formalmente assinado no próximo dia 15, em Washington. O estabelecimento de relações diplomáticas entre Israel e aliados dos EUA no Oriente Médio é peça-chave da estratégia de Trump para ampliar sua influência sobre o Irã.
O deputado que nomeou Trump, Christian Tybring-Gjedde, admitiu à Fox News que não é um grande apoiador do presidente norte-americano. "O comitê deve olhar para os fatos e julgá-lo em relação aos fatos, não à forma como por vezes se comporta", afirmou. O deputado é membro do parlamento norueguês e também preside a delegação do país à Assembleia Parlamentar da OTAN.
Apesar de ser crítico à postura de Trump, Tybring-Gjedde disse em sua carta de indicação ao Comitê do Nobel que o governo do norte-americano desempenhou um papel fundamental no estabelecimento das relações entre Israel e os Emirados Árabes. “Como se espera que outros países do Oriente Médio sigam os passos dos Emirados Árabes Unidos, este acordo pode ser uma virada de jogo que tornará o Oriente Médio uma região de cooperação e prosperidade”, escreveu.
Esta não é a primeira indicação de Trump. Em 2018, Tybring-Gjedde também apresentou uma carta ao Comitê após uma cúpula do presidente dos EUA em Cingapura com Kim Jong Un. De acordo com a Fox News, o primeiro-ministro do Japão também fez o mesmo. Trump, no entanto, não ganhou.
Além de Barack Obama, três outros presidentes dos EUA ganharam o Prêmio Nobel da Paz: Theodore Roosevelt, em 1906; Woodrow Wilson, em 1920, e Jimmy Carter, em 2002.