Trump pede para Biden não fazer o que ele mesmo fez: proclamar vitória indevidamente

Presidente estadunidense fez advertência em tuíte no dia seguinte ao seu segundo discurso dizendo que havia vencido o pleito, e também lembrou o adversário que “os processos judiciais estão apenas começando”

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Em um tuíte publicado nesta sexta-feira (6), o presidente estadunidense Donald Trump disse ao seu adversário, o senador Joe Biden, que “não deve proclamar sua vitória indevidamente”.

O pedido foi feito em tom de alerta, mas mostrou um tom algo diferente do que o candidato à reeleição pelo Partido Republicano vinha mostrando desde quarta-feira (4), quando se mostrava confiante em que era ele que havia vencido.

“Joe Biden não deve se proclamar indevidamente ao cargo de presidente. Eu também poderia fazer essa afirmação. Os processos judiciais estão apenas começando”, comentou Trump.

https://twitter.com/realDonaldTrump/status/1324846580147642369

O trecho mais curioso da mensagem do mandatário foi quando disse que ele “também poderia fazer essa afirmação”, porque ele realmente a fez, duas vezes: uma delas na manhã de quarta, e outra na noite de quinta. Em ambas as ocasiões, a declaração ocorreu quando ele estava em segundo lugar segundo a contagem oficial.

Atualmente, Joe Biden, candidato do Partido Democrata, tem 264 votos no colégio eleitoral, e pode ser declarado presidente eleito se vencer em apenas mais um dos cinco estados onde a apuração ainda não terminou.

Em Nevada, Pensilvânia e Geórgia, Biden lidera a apuração, e especialmente nos dois últimos casos, o resultado final parece ser iminente, já que ambos os estados já contaram mais de 98% dos votos, razão pela qual uma vitória definitiva do candidato pode acontecer a qualquer momento.

Já Trump precisa virar o resultado nesses três estados e ainda confirmar sua vantagem no Alaska e na Carolina do Norte para reverter a situação desfavorável até o momento.