Venezuela: Chavistas são convocados para resistir a novo golpe no Palácio de Miraflores

Ao contrário do que disse Guaidó, de que estaria com principais unidades das Forças Armadas, porta-voz do governo Nicolás Maduro afirmou que apenas um pequeno grupo de militares se aliou aos oposicionistas

Guaidô em vídeo com grupo de militares e chavistas nas ruas em defesa do governo Maduro (Montagem)
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Após anúncio do oposicionista Juan Guaidó, de que estaria nas ruas de Caracas com militares na manhã desta terça-feira (3), o governo Nicolás Maduro convocou militantes chavistas para se dirigirem ao Palácio de Miraflores, sede do governo venezuelano, para resistirem junto com as Forças Armadas Bolivarianas a nova tentativa de golpe de estado. Leia também: Presidente autoproclamado, Guaidó diz que está com principais unidades das Forças Armadas da Venezuela "A esta tentativa se juntou a ultra-direita golpista e assassina, que anunciou sua agenda violenta há alguns meses. Nós chamamos o povo para ficar alerta, junto com as gloriosas Forças Armadas Bolivariana, para derrotar a tentativa de golpe e preservar a paz. Nós vamos ganhar", tuitou Jorge Rodriguez, ministro da Comunicação do governo Maduro. Ao contrário do que disse Guaidó, de que estaria com principais unidades das Forças Armadas, Rodriguez afirmou que apenas um pequeno grupo de militares se aliou aos oposicionistas. "Informamos ao povo venezuelano que estamos atualmente confrontando e desativando um pequeno grupo de traidores militares que foram posicionados no distribuidor de Altamira para promover um golpe contra a constituição e a paz da República", tuitou. Brasil e EUA Maduro ainda não se declarou sobre a nova tentativa de golpe. Nesta segunda-feira (29), Ernesto Araújo, ministro das Relações Exteriores de Jair Bolsonaro, se reuniu com o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, e o secretário de Segurança Nacional dos EUA, John Bolton. Ambos são os principais conselheiros do presidente Donald Trump conhecidos por defender uma posição linha-dura diante da crise venezuelana, sem descartar, inclusive, uma intervenção militar. Após a reunião, Araújo disse que não se deve esperar mais pela derrubada de Maduro do poder na Venezuela. "Precisamos ser prudentes porque, desde janeiro, temos a expectativa de que o processo de transição democrática se complemente e aconteça a partir da ascensão do presidente Guaidó. Mas é preciso ser prudente e não esperar demais nesse momento. Se for nesses dias [a destituição de Maduro], seria realmente extraordinário", declarou.