Vídeo: Mercenário preso confessa ligação da Casa Branca com tentativa de invasão da Venezuela

Antonio Sequea, um dos capturados, afirma que Jordan Goudreau, dono da empresa Silvercorp, para a qual os mercenários trabalhavam, ligou para ele em março, em meio a uma reunião em Washington com Donald Trump e Juan Guaidó

Antonio Sequea (foto: Twitter)
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O ex-militar venezuelano Antonio Sequea, um dos mercenários capturados durante a tentativa de invasão do país, afirmou em depoimento às autoridades do seu país que a Casa Branca estava envolvida na operação da qual participou.

Segundo seu testemunho, em meados de março, quando os mercenários da empresa Silvercorp já preparavam a tentativa invasão do território venezuelano – que ocorreria nos dias 3 e 4 de maio e terminaria em fracasso, graças à ação do exército bolivariano e de um grupo de pescadores –, ele recebeu a ligação do dono da empresa, o ex-militar Jordan Goudreau, que disse estar na Casa Branca acompanhado por Juan Guaidó, e deu a entender que iriam conversar com Donald Trump sobre a operação na qual estavam envolvidos.

“Jordan havia se distanciado comunicacionalmente de nós por um tempo, até que fez essa ligação (…) Isso nos deu um pouco mais de força, nos motivou para seguir com a operação”, contou Sequea.

O ministro de Comunicações da Venezuela, Jorge Rodríguez, apresentou o vídeo de pouco mais de um minuto com o testemunho de Sequea, e solicitou que o governo dos Estados Unidos apresente suas explicações com respeito à versão do mercenário.

Até agora, tanto o presidente Trump quando seu secretário de Defesa, Mark Esper, vinham negando fortemente qualquer vinculação com a tentativa de invasão e com a empresa Silvercorp.

No entanto, vários mercenários capturados afirmaram que a Silvercorp já prestou serviço de segurança pessoal para o presidente estadunidense, e Sequea, em seu vídeo, foi mais um a fortalecer essa versão: “há um ano atrás, nós víamos em Jordan alguém que estava por trás da segurança do presidente Trump, e que estava nos assessorando militarmente, isso nos criava uma sensação de segurança”, comentou o mercenário.