A gigantesca obra do Império Romano que ainda coleciona recorde depois de 2 mil anos
Construção com dois milênios segue sendo um mistério para a engenharia moderna
No coração de Roma, uma construção desafia o tempo, os terremotos e a própria engenharia moderna. Erguido por volta de 126 d.C. durante o reinado do imperador Adriano, o Panteão continua sendo a maior cúpula de concreto não armado do mundo — um feito impressionante considerando seus quase dois mil anos de existência.
Com 43,3 metros de diâmetro e exatamente a mesma altura até o óculo central, a cúpula do Panteão foi projetada com uma precisão geométrica quase perfeita. O segredo da sua longevidade e leveza está no material: um tipo especial de concreto romano misturado com cinzas vulcânicas, que não só resistia melhor à umidade como também ganhava resistência com o tempo.
Além disso, os engenheiros romanos aplicaram um conceito engenhoso: reduzir o peso do concreto gradualmente, usando materiais mais leves como pedra-pomes nas partes superiores da cúpula. O óculo no topo — uma abertura de 9 metros de diâmetro — não é apenas decorativo: ele alivia a pressão sobre a estrutura e permite a entrada de luz natural.
Ainda hoje, o Panteão inspira arquitetos e engenheiros. Sua influência é visível em catedrais renascentistas, como a Basílica de São Pedro, e em edifícios modernos. Pesquisadores estudam sua composição na tentativa de reproduzir concretos mais duráveis e sustentáveis.
Mais que uma maravilha estética, o Panteão é um lembrete do engenho técnico romano — e de como, em plena Antiguidade, uma civilização foi capaz de criar uma estrutura que a ciência moderna ainda tenta entender por completo. Uma cúpula que não apenas resiste ao tempo, mas o desafia.