Goleira espanhola gera revolta ao receber laudo de "doença homossexual"

'Gosto de mulheres desde os 15 anos e não tenho vergonha; o que eu não esperava é que aparecesse literalmente como uma doença', disse Alba Aragón

Reprodução/Twitter
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A goleira espanhola de 19 anos, Alba Aragón, do CAP Ciudad de Murcia, recebeu um diagnóstico revoltante ao passar em consulta médica com um ginecologista no Hospital Reina Sofía na última segunda-feira (4). Ao se queixar de irregularidades no ciclo menstrual, ela informou ao médico sua orientação sexual, que preencheu que ela teria "doença homossexual".

“Contei que era homossexual porque achei que pudesse ser relevante para os exames que iria fazer. Eu gosto de mulheres desde os 15 anos e não tenho vergonha de dizer. O que eu não esperava é que aparecesse no relatório literalmente como uma doença”, disse Alba em entrevista ao jornal El Español.

Ela retornou ao hospital com a mãe e ouviu de um funcionário que o mesmo médico já tinha recebido inúmeras reclamações. A goleira entrou em contato com o coletivo LGBTQIAP+ Galactyco, que exigiu uma retificação imediata e um pedido de desculpas do Serviço de Saúde espanhol.

Nas redes sociais, o CAP Ciudad de Murcia denunciou o caso de lesbofobia: “Queremos denunciar publicamente a discriminação sofrida por nossa goleira Alba. Exigimos que se apurem responsabilidade e apoiamos incondicionalmente nossa jogadora em sua denúncia”. A mãe de Alba irá prestar queixa formal contra o Serviço de Saúde e contra o médico.

https://twitter.com/GijonFutFem/status/1446022026058141697?s=20