TRANSFOBIA

Mulher trans é espancada por dois homens em terminal de ônibus em SP

De acordo com boletim de ocorrência, a vítima foi agredida enquanto se alimentava perto do Terminal Parque Dom Pedro II, na região central da capital paulista

Mulher trans é espancada por dois homens em terminal de ônibus em SP.Créditos: Reprodução/ redes sociais
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Uma mulher trans foi espancada por dois homens na madrugada deste domingo (27) no Terminal Parque Dom Pedro II, região central da cidade de São Paulo. 

Identificada como Fernanda Frazão, a mulher declarou no Boletim de Ocorrência que estava comendo um lanche perto do terminal de ônibus quando, de repente, começou a ser agredida por dois homens. 

De acordo com o relato de Frazão, um dos homens perguntou se ela estava fazendo e, na sequência, a agrediu. Frazão afirma que revidou o soco e, neste momento, surgiu um outro homem, que também passou a agredi-la. 

Fernanda Frazão fugiu dos agressores e foi se refugiar dentro do Terminal Parque Dom Pedro II, mas, foi seguida pelos agressores, que a xingavam e diziam que ia amarrá-la com uma corrente 

Dentro do terminal, os dois homens continuaram a agressão com socos, chutes e pisaram no rosto de Fernanda Frazão, deixando-a sem nenhuma possibilidade de defesa 

As agressões só pararam depois que usuários do terminal interviram e chamaram pelos seguranças que trabalham no local. Os agressores fugiram. 

A mulher foi socorrida na AMA da Sé e registrou boletim de ocorrência na 1ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) do Centro. A delegacia pediu exame de corpo de delito, que foi realizado no IML Central de São Paulo. Também foi pedido um retrato falado dos agressores. 

Fernanda Frazão é militante do grupo Coletivo Arouchianos, que atua na região do centro de SP e presta serviços sociais à população LGBTQIA+ em situação de vulnerabilidade. 

Por meio de uma nota, a SPTrans declarou que o socorro foi dado de imediato a Fernanda Frazão, bem como suporte no encaminhamento hospitalar da vítima. A empresa que cuida do transporte paulistano também repudiou o ataque transfóbico.

"A SPTrans repudia qualquer tipo de agressão, violência ou discriminação no transporte e dependências públicas e, por esta razão, realiza campanhas educativas sobre tolerância e respeito com materiais afixados nos ônibus, terminais e publicados em seus perfis nas redes sociais. A SPTrans segue à disposição da polícia para auxiliar nas investigações".