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"Ditadura gay": Polícia indicia quatro vereadores bolsonaristas por homofobia em Goiânia

Gabriela Rodart, Sargento Novandir, Cabo Senna e Thialu Guiotti tiveram chilique no plenário da Câmara por causa de uma propaganda do Burger King sobre o Dia do Orgulho LGBTQIAP+.

Gabriela Rodart, Sargento Novandir, Cabo Senna e Thialu Guiotti.Créditos: Instagram e Reprodução Youtube
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Os vereadores Cabo Senna (Patriota), Sargento Novandir (Republicanos), Gabriela Rodart (DC) e Thialu Guiotti (Avante) foram indiciados pelo Grupo Especializado no Atendimento às Vítimas de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Geacri) por discurso homofóbico no plenário da Câmara de Goiânia.

Os quatro vereadores têm algo em comum: são apoiadores contumazes de Jair e do clã Bolsonaro. Em suas falas, em junho de 2021, os bolsonaristas repetiram o discurso de ódio criminoso por causa de uma propaganda divulgada pela rede de fast food Burger King sobre o Dia do Orgulho LGBTQIAP+.

Os políticos repetiram chavões do bolsonarismo dizendo que a comunidade LGBTQIAP+ quer implantar uma "ditadura gay" e que a homossexualidade "não é normal". “Deus criou o homem e a mulher, não criou um triângulo”, dispararam.

Além disso, os bolsonaristas relacionaram que “ser gay é uma opção consequência da pedofilia” e “LGBTs são maus exemplos para crianças”.

As declarações foram feitas porque os vereadores pensaram que teriam imunidade material por causa dos mandatos eletivos. No entanto, o delegado Joaquim Adorno concluiu que as falas não tinham relação com a atividade parlamentar e que são crimes pela demonstração de ódio.

"Há pessoas que confundem muito o que é respeito e pensam que podem sair dizendo qualquer coisa. Além disso, nenhum cargo pode ser usado como anteparo para o crime de ódio", disse o delegado ao portal Uol.

Com informações da Mídia Ninja.