VIOLÊNCIA EXTREMA

Quem é a suplente de vereadora trans brutalmente assassinada em MT

Santrosa (PSDB) tinha 27 anos e defendia acesso à cultura para comunidades periféricas de Sinop; ela foi encontrada decapitada

Santrosa.Créditos: Reprodução/Redes Sociais
Escrito en LGBTQIAP+ el

A suplente de vereadora, cantora e empresária transexual Santrosa (PSDB), de 27 anos, foi brutalmente assassinada. Seu corpo foi encontrado decapitado e com as mãos e pés amarrados, em uma região de mata, na zona rural de Sinop, município distante 480 km de Cuiabá, no Mato Grosso, neste domingo (10).

A polícia investiga o caso como homicídio, mas ainda não revelou a motivação do crime.

Santrosa tinha um canal no YouTube, com mais de 4 mil seguidores. Lá, compartilhava clipes de suas canções, nos gêneros pop e funk. A Polícia Civil informou que a artista havia saído de sua residência por volta das 11 horas de sábado (9), mas não voltou. Familiares contaram que a cantora tinha uma apresentação prevista para o período da noite. Porém, não apareceu.

Em 2024, Santrosa foi candidata a vereadora pelo PSDB e recebeu 121 votos válidos. Atualmente, era suplente. Na política, a jovem defendia pautas voltadas ao fomento e acesso à cultura para comunidades periféricas.

“É possível ser a voz das pessoas mesmo não emplacando em números, sendo assim seguiremos firmes com nossos projetos e sonhos, se a oportunidade for concedida será executada com excelência”, postou ela, nas redes sociais, depois das eleições. Em outra publicação, destacou: “Logo terá um material incrível sobre a importância da cultura dentro das comunidades”.

Nota de pesar

A Associação da Parada do Orgulho LGBTQIA+ de Mato Grosso divulgou uma nota de pesar pela morte de Santrosa. Leia a íntegra:

“A Associação da Parada do Orgulho LGBTQIA+ de Mato Grosso vem a público manifestar pesar diante da morte de Santrosa, de Sinop – MT.

Santrosa foi encontrada decapitada hoje (10/11), em Sinop. Associação da Parada LGBTQIA+ de Mato Grosso já acionou o Grupo Estadual de Combates aos Crimes de Homofobia (GECCH) e cobrará as autoridades competentes a apuração dos culpados por mais uma morte na população LGBTQIA+ em Mato Grosso”.

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