FASCISMO BOLSONARISTA

Transfobia: Nikolas compara trans a "poste" e bolsonarista diz que é "esquizofrenia"; vídeo

Você pode pintar você de cinza, botar uma luz na sua cabeça, não me importa. Mas agora você me obrigar a te chamar de poste é outra história", disse Nikolas, em comparação transfóbica em podcast.

Ana Campagnolo e Nikolas Ferreira destilam transfobia em podcast.Créditos: Reprodução / Youtube
Escrito en LGBTQIAP+ el

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) e a colega Ana Caroline Campagnolo (PL-SC), que atua na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), destilaram transfobia durante entrevista ao podcast Inteligência Ltda, que convidou os dois bolsonaristas para falar sobre "a suposta doutrinação da esquerda nas escolas brasileiras".

Em um corte do programa que circula nas redes, Nikolas e Ana Caroline fazem comparações esdrúxulas para justificar o crime contra pessoas trans.

O deputado mineiro, primeiramente, compara as pessoas trans a "postes" em uma análise criminosa.

"Você percebe que a realidade não é uma construção daquilo que você pensa. A realidade é aquilo que está em si mesmo. Então se eu chego e falo, olha, tudo bem, eu me sinto um poste, tá? Você pode pintar você de cinza, botar uma luz na sua cabeça, não me importa. Mas agora você me obrigar a te chamar de poste é outra história", disse o deputado fazendo críticas ao nome social permitido às pessoas trans.

Em seguida, a colega bolsonarista faz eco e aprofunda a transfobia, definindo como uma doença psíquica.

"Se você está diante de uma pessoa que ela fala só do que ela sente, ignorando a realidade a volta, você diz que essa pessoa é louca. No geral, você diz isso: essa pessoa não está bem na cabeça. O que ela sente, ela acha que é real mesmo sem ser, você vai... Esquizofrenia", dispara a deputada catarinense.

Ana Campagnolo ainda faz outra comparação esdrúxula ao equiparar a transexualidade à anorexia.

"Vamos supor que a Andréa [citando um funcionária do apresentador] comece a apresentar um quadro de anorexia, de bulimia. Ela começa a vomitar, você observa que ela vai pro banheiro vomitar. Está cada dia mais magra, agora está com 60 quilos, aí ela aparece com 50, 45. Ela tem uma imagem distorcida de si mesma. Na cabeça dela, ela se vê gorda. Que tá num corpo, que ela tem um corpo de gorda, mas você tá vendo que ela tá num corpo magérrimo. Ela chega pra ti e diz, olha, eu não tô feliz com meu corpo, eu não me identifico com esse corpo gordo que eu tenho, eu me sinto uma pessoa gorda, então eu quero fazer uma cirurgia bariátrica. Você, tenho certeza que tem um apreço e um carinho pela Andréa. Você a levaria pra fazer uma cirurgia bariátrica, sendo uma noréxica? Pois é, você ia dizer, olha, não é o seu corpo que está não está saudável, sua mente, né?".

Assista

 

Reporte Error
Comunicar erro Encontrou um erro na matéria? Ajude-nos a melhorar