Comissão de DH da Alesp cobra apuração da morte de jovem por homofobia em Ubatuba

O presidente da comissão e deputado estadual, Emidio de Souza, enviou ofício à Polícia Civil exigindo imediata investigação e punição dos responsáveis

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O presidente da Comissão de Direitos Humanos (DH) da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), deputado estadual Emidio de Souza (PT), encaminhou ofício à Polícia Civil. Ele cobra investigação rigorosa sobre a morte do jovem Glaubedson Duarte, vítima de ataque homofóbico.

Morador de Embu das Artes, Glau Duarte, como é conhecido, é youtuber, maquiador, cabeleireiro profissional e passava as férias em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo. Lá, ele foi espancado e encontrado desacordado na praia do Itaguá.

Na noite de quarta-feira (19), Glau foi a uma casa de pagode com um grupo de amigos e, na volta, disse que passaria em um quiosque próximo à hospedagem antes de voltar. Horas depois, os amigos souberam que ele foi encontrado espancado, desacordado e seminu, na areia da praia do Itaguá.

Uma enfermeira encontrou a vítima e acionou o socorro, que o levou para a Santa Casa de Ubatuba. Ele ficou hospitalizado, mas não resistiu aos ferimentos, morrendo na manhã desta quinta-feira (20).

Em entrevista ao G1, familiares e amigos destacaram que Glau foi vítima de homofobia. Ele era homossexual e no momento do crime usava um vestido e shorts femininos.

No documento enviado à Deinter-1 da Polícia Civil-SP (Departamento de Polícia Judiciária do Interior), à Delegacia Seccional do Litoral Norte e à Polícia Civil de Ubatuba, o deputado pediu para os órgãos tomarem as providências necessárias para a investigação, com o objetivo de esclarecer os fatos e punir os responsáveis.

“É urgente a identificação dos responsáveis por este ataque tão vil”, disse o parlamentar

Emidio afirmou que o ato ocorrido contra Glau Duarte é um “revoltante”. “É urgente a identificação dos responsáveis por este ataque tão vil”, argumentou o deputado.

O parlamentar ressaltou, também, que o homicídio tem aparente motivação homofóbica e todas as linhas de investigação devem ser consideradas. “Homofobia é crime e esse ataque não pode ficar impune”, acrescentou Emidio.