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Em mais um crime bárbaro motivado por preconceito e intolerância, estimulados pela narrativa e pelas ações do governo de Jair Bolsonaro, a transexual Verônica Oliveira Webber, de 40 anos, foi brutalmente assassinada, nesta quinta-feira (12), em Santa Marian (RS). Ela acabou não resistindo, depois de ter sido esfaqueada nesta madrugada.
De acordo com o boletim de ocorrência, amigos de Verônica, que estavam no local, disseram que um homem chegou de carro e ofereceu R$ 50,00 para que todas aceitassem fazer programa com ele, de acordo com informações do Portal GaúchaZH.
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Como não aceitaram, o homem chamou somente Verônica para conversar. Quando ela se aproximou do veículo, levou as facadas no tórax. O assassino fugiu e ainda não foi encontrado.
“A vítima, líder do grupo, foi chamada pelo indivíduo, o qual desejava a realização de programa sexual com alguma integrante do grupo. Ela e as demais não concordaram com o valor ofertado. Iniciou-se uma discussão com xingamentos mútuos, envolvendo, sobretudo, o suspeito e a vítima. Em um dado momento, o homem foi até o interior do automóvel, sentou no banco do motorista e tentou esconder uma arma branca (faca ou estoque). Nesta ocasião, mudou repentinamente de comportamento, tendo parado de proferir xingamentos. Quando iniciou a saída do local com o automóvel, desferiu um golpe de arma branca no abdome da vítima, que estava parada na rua”, disse o delegado Gabriel Zanella.
Verônica era uma das líderes do movimento LGBT+ na região e foi madrinha da Parada da Diversidade, que ocorreu na cidade, no início de dezembro. Ela também mantinha no município o Alojamento da Verônica, que há 13 anos acolhe transexuais de outros municípios.
Verônica presente
O líder do PT na Câmara, deputado Paulo Pimenta (RS), lamentou o crime bárbaro e publicou uma mensagem em sua página no Facebook.
“É com tristeza e indignação que recebo a notícia do assassinato da companheira Verônica Oliveira Webber, administradora do Verônica Alojamento, uma das poucas casas de acolhimento para transexuais do Brasil, localizada no Bairro Urlândia, em Santa Maria.
Infelizmente, o neofascismo brasileiro aflorado com a ascensão do Bolsonarismo faz com que esses crimes de ódio, de natureza homofóbica e transfóbica se tornem cada vez mais frequentes.
Não podemos aceitar este tipo de ato hediondo nem normalizar a violência. O assassinato de Verônica é o terceiro homicídio de transexuais em Santa Maria neste ano e não pode ficar impune”.