Prestes a embarcar para o Egito, onde participará, na próxima semana, da 27ª conferência do clima da Organização das Nações Unidas, a COP27, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já recebeu ao menos 10 convites para reuniões bilaterais.
Entre as agendas pleiteadas à equipe de Lula, estão reuniões com representantes da China, Estados Unidos e Alemanha, além de inúmeras outras autoridades, entre elas ex-chefes de Estado, o presidente do Banco Mundial, David Malpass, e o parlamentar britânico Alok Sharma, que presidiu a última COP, realizada em Glasgow, na Escócia, em 2021.
A presença do presidente eleito brasileiro no evento é aguardada com grande expectativa por organizações ligadas ao meio ambiente e governos mundiais, visto que Lula tem ótima interlocução internacional e vem se comprometendo com a redução do desmatamento no país. Espera-se que a ida do petista à COP27 marque uma nova etapa das relações do Brasil com o mundo, após 4 anos de obscurantismo diplomático no governo de Jair Bolsonaro (PL).
Lula deve embarcar para o Egito na próxima segunda-feira (14) e irá acompanhado de sua esposa Rosângela Silva, do ex-chanceler Celso Amorim e do ex-ministro da Educação Fernando Haddad. Outros aliados do futuro governo brasileiro já estão na conferência, como a deputada federal eleita e ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva (Rede-SP).
MTST é premiado na COP
Antes mesmo da presença de Lula na COP27, o Brasil, na primeira semana da conferência, já foi destaque com o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).
O movimento foi premiado, nesta quinta-feira (10), pelo projeto "Quebrada Agroecológica", que construiu minicisternas sustentáveis na periferia de Guarulhos (SP): trata-se do prêmio ImaGen Ventures, da Generation Unlimited.
Depois de vencer etapas nacionais eliminatórias, 90 organizações de 45 países diferentes concorreram na etapa global do prêmio. Além do MTST, outros 11 grupos foram contemplados. O prêmio ImaGen Ventures foi apoiado pela Unicef e implementado no Brasil pela ONG Viração.
O "Quebrada Ecológica" construiu minicisternas na ocupação Maria da Penha. A partir da coleta de água da chuva, o projeto garantiu o abastecimento de água para mais de 2 mil famílias na região periférica de Guarulhos.