Cientistas argentinos fizeram uma descoberta impressionante: o esqueleto quase completo de um dinossauro herbívoro que viveu há 230 milhões de anos. O fóssil, encontrado em uma área remota de La Rioja, na Argentina, é o mais antigo da espécie Huayracursor jaguensis, um dinossauro de pescoço longo e características que marcaram o início da evolução dos sauropodomorfos.
O esqueleto foi localizado a mais de 3 mil metros de altitude, na Quebrada de Santo Domingo, e está notavelmente bem preservado. Entre os restos encontrados estão partes do crânio, coluna vertebral completa e membros anteriores e posteriores. A descoberta oferece um raro olhar sobre o período Triássico Superior, uma fase crucial para a evolução dos dinossauros e a biodiversidade da Terra.
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Importância científica e novas perspectivas
A paleontóloga Julia Desojo, presidente da Associação Paleontológica Argentina, destacou a relevância histórica do achado. Segundo ela, há 50 anos não se encontrava fósseis dessa idade e em tão boas condições. A espécie descoberta é a mais antiga registrada no grupo dos dinossauros de pescoço longo, conhecidos por evoluir para alguns dos maiores animais terrestres da história.
Esse achado foi o resultado de um trabalho multidisciplinar de paleontólogos do CONICET e outras instituições argentinas. A escavação foi realizada em uma bacia geológica pouco explorada até então, e a descoberta do fóssil promete fornecer novos dados sobre a vida e a evolução das primeiras comunidades de dinossauros.
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O Huayracursor jaguensis traz à tona novas informações sobre a evolução dos dinossauros, ajudando os cientistas a entenderem melhor como esses animais começaram a se adaptar ao ambiente e a desenvolver características como o pescoço longo, um traço definidor da linhagem dos sauropodomorfos.