O AmazonFace, projeto científico orçado em R$ 260 milhões, entra na fase final de instalação de 96 torres de 30 metros em uma base do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), em Manaus. O objetivo é medir como a floresta amazônica reage ao aumento do dióxido de carbono (CO2).
O experimento, que deve durar dez anos, é o maior do mundo já realizado em uma floresta tropical. Cada torre libera CO2 suficiente para elevar a concentração local em 200 partes por milhão (ppm), simulando os níveis esperados para meados do século XXI.
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Mais de 100 pesquisadores monitoram temperatura, fotossíntese, crescimento das árvores e composição do solo por meio de drones, sensores e câmeras. As medições ocorrem a cada 30 minutos e são processadas por algoritmos que avaliam a reação da floresta ao gás carbônico.
Áreas de controle, sem emissão de CO2, garantem comparações precisas sobre o impacto da poluição atmosférica no bioma.
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Impacto sobre o clima e a economia
O AmazonFace também analisa os efeitos na precipitação, na agricultura e na geração de energia na América do Sul. Os resultados devem embasar políticas ambientais e metas do Acordo de Paris, apontando se a Amazônia continuará atuando como sumidouro de carbono ou se se tornará uma fonte emissora.
Com a pesquisa, a Amazônia se transforma em um laboratório vivo, essencial para compreender o futuro climático do planeta.