Após sete anos fechada para qualquer atividade turística, uma ilha brasileira no litoral do Rio Grande do Sul reabre suas águas às modalidades de turismo esportivo e ecológico, mantendo a preservação ambiental como prioritária.
A reabertura, anunciada pelo ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), responsável por gerir a área de conservação, envolve a promoção de atividades como caiaque e stand up paddle no entorno da formação vulcânica, cujas águas se abrem, também, para passeios com embarcações credenciadas.
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A Ilha dos Lobos, que integra o Refúgio de Vida Silvestre da Ilha dos Lobos (Revis) — unidade de conservação federal instituída em 1983, que abrange a ilha e as águas do entorno dentro de uma área de 500 metros — tem origem vulcânica e é considerada o primeiro geossítio marinho da América Latina.
Ela fica no litoral de Torres (RS) e tem uma superfície pequena, de cerca de 1,7 hectare, mas uma área total em proteção, que inclui o habitat do entorno, de 144 hectares totais.
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Créditos: Wikipedia
A região é refúgio natural de diversas espécies marinhas e de aves protegidas, além de mamíferos aquáticos, como lobos-marinhos, leões-marinhos, baleias-francas e golfinhos, que aparecem na região especialmente durante os meses do inverno e da primavera.
A Ilha dos Lobos é a única ilha marítima do litoral do estado do Rio Grande do Sul, e, com a reabertura, as atividades de turismo passam a ser mediadas por agendamento.
O credenciamento para agendar atividades de turismo esportivo no entorno da ilha — cujo acesso em terra continua proibido, para manter a conservação ecológica da região — é feito através de empresas de turismo, com abertura de editais prevista para a temporada de verão. O turista precisa, além disso, preencher um termo de “reconhecimento de riscos”. A pesca também continua proibida.
Em outubro deste ano, a reabertura da ilha foi oficializada em um evento na orla de Torres, que encara a formação ao longe, e contou com a presença de representantes do ICMBio. O instituto agora prevê atividades de monitoramento a fim de observar os impactos ambientais da presença humana na região, com uso de drones e embarcações de fiscalização.